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Ensaios-->De música e livros... -- 22/10/2000 - 23:26 (Manuela Martini Colla) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Essa é uma daquelas semanas importantes na vida de uma pessoa. Eu sei que estou lendo um livro que vai fazer parte dos meus favoritos, que eu nem vou querer reler de tão bom. Na real, só li dois capítulos, devagarinho, pra não acabar logo propositalmente. Finalmente encontrei na Amazon (e não, não é jabá, o negócio funciona mesmo) um livro que procurava há cinco anos. Trata-se de The Dark Stuff: Selected Writings on Rock Music 1972-1995, do crítico britânico Nick Kent.

Entre a crítica de rock and roll existem montanhas de enciclopédias e livros especializados, biografias autorizadas ou não, etc. Mas é certo que todo esse material dificilmente agradaria alguém daqueles que freqüentam o meio ou ao fã mais renhido. Esse não é o caso de The Dark Stuff que, por sinal, é o primeiro livro de Kent. O cara começou a escrever para o semanário inglês New Musical Express (se não conhecem, dêem uma olhada em http://www.nme.com ) no começo da década de 70 e desde então é um dos nomes mais conceituados e reconhecidos pela imprensa rock.

Isto não quer dizer que ele fosse um escriba genial ou um sério e profundo analista da cena musical. Simplesmente o cara gostava de rock e, vivendo às últimas conseqüências esse estilo de vida, acabou fazendo algumas das mais reveladoras entrevistas e artigos a respeito do ‘lado negro’ dos rockstars. Tanto que ao longo de um certo período nos anos 70, abandonou o jornalismo para trabalhar com os Sex Pistols e até montou uma banda.

Mas vamos ao livro: basicamente ele descreve turnês que Nick Kent acompanhou com os Stones, os New York Dolls, Stooges e traz entrevistas com Brian Wilson (Beach Boys), Lou Reed, Neil Young e todo tipo de gente, assim, ‘desinteressante’. Há relatos de sexo (poucos, mas escandalosos), drogas (em doses enooormes) e rock and roll (como profissão de fé). Mas a melhor definição está no prefácio de Iggy Pop: “De magreza hospitalar, nariz vermelho escorrendo pela fissura por drogas, jogando a cabeça pra trás em um ‘efeito Keith Richards’ e um interesse permanente por sujeira. Esse era o Nick Kent dos anos 70 e 80: um verdadeiro rock n’ roller”.

Aliás, falando em Iggy, lembrei de contar que o livro Mate-me por favor ganhou uma nova edição, com capa diferente (quem quiser dar uma olhada, me avisa) e com 22 páginas a mais! Ou seja: mais do mesmo, diversão garantida pra quem curte punk rock. Aliás, a opinião de Nick sobre a primeira banda de Iggy, os Stooges, é divertidíssima. Dá uma olhada: “Os Stooges adoravam ser corruptos... Eram drogas pesadas e garotas menores de idade. De repente, Hollywood estava fervilhando com uma porção de meninas de 14 anos chapadas com tranqüilizantes de suas mães e abanando os cartões de crédito (roubados) de seus pais”.

***

Outro livro tri que dá pra comprar importado é “From the Velvets to the Voidoids”, do também inglês Clifton Heylin (autor de biografias sobre Bob Dylan, Joy Division, PIL e outros). O livro não é só um relato do que aconteceu no final da década de 60/ começo de 70 na música, traz pilhas de declarações e fotos dos principais personagens daquele movimento. Também não foram esquecidas bandas mais obscuras, como Suicide e Devo, além da turma do no wave ( a linha mais noisy do punk). Os principais fanzines da época (Punk, Search and Destroy, New York Rocker) serviram de fonte, além de uma série de publicações musicais e até mesmo artigos de Patti Smith, Richard Hell...

Mas não dá pra falar de todos os livros que falam sobre o assunto, então cito mais alguns:
- Faithfull (autobiografia de Marianne Faithfull, cantora e ex de Jagger, Richards e outros)
- New York Dolls: too much too soon (o título fala por si próprio)
- I Need More (biografia de Iggy Pop, mais um da série títulos apropriados)
- High on rebellion: inside the underground at the Max Kansa’s City (análise do reduto punk)
- Sniffing Glue: the essencial punk acessory (além da ironia do título, fala do Sniffing, o primeiro fanzine de que se têm notícia)
- Punk: the original (de John Holstrom, ex-editor do importante fanzine Punk)
- Não preciso falar do Mate-me por favor, né?
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