és meu homem
delírio em fogo
que meu horizonte abarca
invadindo meus domínios
arrancando-me gemidos
fazendo-me flutuar.
Sob teu corpo
me transformo em ave
e contigo alço vôo
traçando a rota do ar.
És minha mulher
e em êxtase flutuante
estamos juntos a planar
Nos delírios inflamáveis
a transformei em ave
para voar atracado a ti
e como bom timoneiro
quiçá navegador
de posse do mapa
desvendo os teus mistérios
sigo a trilha em rota certa
descubro a nascente das águas
umideço-te e rios se formam
ofereço-lhe o timão
e navegamos juntos em prazeres
tendo-te como guia
Cachoeiras se formam nas tuas curvas
meandros
morros
cavernas
No ápice do prazer
na plenitude dos desejos
juntos chegamos aos píncaros
e torna-se impossível o transbordar
abrem-se as compotas
e líquidos se misturam
na explosão e fusão
dos quatro elementos
evapora-se a água em combustão
e segue o ciclo
enquanto descansamos úmidos
temos sede
que venha mais água.