MEUS (UGH!)ASSESSORES
Pode ser que o gentil leitor (ou leitora) esteja curioso de saber como à s vezes invento tanta besteira. Pode estar certo: o mérito não é somente meu. Conto com alguma ajuda preciosa, não é Zefa? Zefa é minha consultora para assuntos triviais. Sabe tudo sobre novelas, casas de artistas e física nuclear. Tem também o Holocausto de Souza (os pais viram um filme e gostaram do nome), mais conhecido por Loló, uma figura extraordinária. Possui 50% de decisão, 50% de indecisão e todo o resto de inteligência. Quando o convidei para assessorar-me, achou que era para dirigir elevador. (Neste momento, está ao meu lado insistindo que "assessor" se escreve com dois "cê-cedilhas").
Holocausto detesta vírgulas. Diz que só atravancam a frase. Certa vez, foi, correndo, urgente, com malas, gaiolas, cachorros, entre outros, pegar o ónibus. Com tanta vírgula, acabou perdendo a viagem.
Ainda tem o Holofernes, irmão gêmeo do Holocausto. A princípio, os dois pensaram em criar uma dupla de cantores. Vejam só: Holocausto e Holofernes. Mas aí descobriram que não bastava ter nomes bonitos, tinham também que saber cantar. Como estavam desempregado, coitados, ofereci uma vaga para os dois (isto mesmo, os dois ocupam uma vaga só). Holofernes é um indivíduo radical. Detesta políticos. Acha que políticos fazem na vida pública o que outras pessoas fazem na privada. Não se conforma que os ecologistas defendam o meio-ambiente. Por que não defendem o ambiente todo? Opiniões de macho.
Ah, tem o terceiro irmão da dupla: Holofote, o menor deles. Menor na idade, claro, pois se trata de um bagualão de quase 2 metros. Esse é meu guarda-costas. Nas horas vagas, é coreógrafo e cabeleireiro. Queria publicar um texto falando num tal de Osvaldão. Eu hein!
Para completar a equipe, há ainda o Professor Linotipus de Azevedo, um obcecado pela gramática: vive caçando erros gramaticais em placas e anúncios. Esse vocês conhecerão melhor numa crónica denominada "Estrambótico". Vão ver o que ele apronta...
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