A riqueza de um país também se constrói por meio da educação, que se concretiza em todos os aspectos concernentes à vida de sua população. A formação da personalidade de uma nação está diretamente ligada ao seu grau de instrução. Poderíamos até dizer que o nível de auto-estima e o desenvolvimento de uma nação são diretamente proporcionais ao grau de conhecimento e compreensão da realidade circundante que ela tem. Sem homens capazes não há desenvolvimento, sem educação não existem homens capazes.
O aperfeiçoamento da educação diz respeito à adequação da mesma ao sistema tecnologicamente atualizado e ao comprometimento de todos com a construção da cidadania. Que os educadores se preocupem com temas ligados à contemporaneidade é vital para a concepção de um trabalho didático qualitativamente significativo, que possa oportunizar aos educandos a inserção na realidade social brasileira através da reflexão contínua, do debate, ou seja, da valorização do senso crítico.
A educação brasileira tem amargado dias de céu nublado e chuva torrencial. Porém, algumas mudanças recentes na concepção e tratamento da educação fazem-nos vislumbrar nesgas de luz no fim do túnel. A reincorporação de Disciplinas como Filosofia, Sociologia e Educação Artística ao currículo escolar permitirá o aprimoramento da capacidade reflexiva do alunado.
A evasão escolar, que ainda atinge índices alarmantes, tem como causa principal a pobreza. A maior parte dos alunos evadidos é encontrada nas ruas, tentando, de alguma forma, garantir a sobrevivência. São polacos de um sistema falido, a anos luz da realidade. Suas perspectivas na escola são a longo prazo e a fome é necessidade que precisa ser dissipada no instante em que se instala.
De nada adianta construir escolas se os responsáveis por conduzirem as crianças até lá não forem assistidos para bem desempenhar a tarefa paterna. É um constante e progressivo salve-se quem puder.
O Brasil é um país rico em potencial, mas seu povo está cada vez mais imerso na miséria e, conseqüentemente, mais infenso a todas as mazelas que dela advêm.
É preciso mudar esse quadro de violência aos direitos humanos e pintá-lo com as cores da cidadania e da igualdade social. Isso só se dará a partir de ações concentradas de todos os segmentos da sociedade, que possam ir de encontro à decadência da civilização brasileira. As barreiras existem para serem transpostas. O sucesso desse projeto depende de cada um de nós.