Vem do lastro cósmico o berço,
embalando os sons de seus cantos,
a teia deste refúgio fugido que teço,
a fundar sob a vista do mar um recanto.
Vem da ebulição entranhada na alma
o leito que embalará sonhos assim,
o vento dizendo ser brisa minha calma,
tua lembrança insistindo ser anjo em mim.
Eu construindo refúgio de seres celestes
serviçal deste amor que sonhos arquiteta
vou despi-la das asas e dar minhas vestes.
amar tão reverente como a máxima do poeta.
Às vistas do mar, o refúgio dos anjos é chama,
ebulição na alma do poeta dizendo que te ama.
Luiz Antonio Barbosa
GIGIO POETA
08/10/2002-17.35h |