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| Poesias-->Papéis Manchados -- 08/01/2003 - 12:54 (Marcos Paulo Dalles Monteiro) |
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Coleção de papéis obsoletos
Reinando confusos espalhados no quarto
Aonde vão pregando frases
Voando feito insetos
Buscando perfeições inatas
Insinuando-se entre livros e caixas ?
Quem são vocês ? o eucalipto chora ainda
A sua sorte maldita, sua pureza perdida
Servidores fiéis dos insanos homens
Deixando-se putrificar por seus pensamentos
[de carne
Deixando-lhes sangrar seu sangue da Terra...
Que carregam em si ? que frutos germinam
[em seu útero ?
Serão mensagens, bilhetes
Que clamam ao Amor e incitam à Guerra !
Vezes há em que partilham e choram
[com as famílias desoladas
Na dor dos entes mortos...perdidos...
E alegram-se com o sorriso das apaixonadas...
Servos humildes deixam-nos ocupar seus espaços
Prescrevendo curas, sentenças
Carregando amor e paz e ódio, e vinganças
E de suas alvas entranhas calam o nosso vazio
Respondendo em seu farfalhar inocente...
"- Papéis se reciclam como emoções
Papéis são histórias
Papéis são nações.
São leis e notícias
Moral e subversão
Sexo, religião, conspirações e expiações
Mensagens subliminares, presentes, debates..."
Papéis do meu país !
Para a dissolução desse ego atormentado
Deixa-me ferí-los ainda essa vez.
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