Houve uma época na qual você dizia que estava com gonorréia e era sacaneado pelos amigos, olhado com inveja por quem nunca comeu ninguém e ia a farmácia, tomava antibiótico e ficava bom. Pegar gonorréia era a maior preocupação que um garoto podia ter, mas tinha tratamento...
Hoje em dia, tempos de AIDS e outras merdas piores que uma simples gonorréia, é preciso usar camisinha ou plastificar o pau. Optei pela segunda por fazer uma vez só e não ter que passar por aquela situação sacal que é parar tudo, rasgar o pacotinho e vestir o cacete antes de mandá-lo ao gol (ou à merda, conforme a vontade do casal...). Plastificar oferece algumas vantagens: lavou, tá novinho em folha! Nada de paradas anticlímax e perguntas embaraçosas (você tem camisinha?!). A economia também é grande, uma vez que, se levarmos em conta o custo da camisinha a longo prazo, a plastificação é bem mais econômica...
Há alguns desconfortos, é lógico. Não posso mais preparar um bom churrasco, uma vez que a proximidade com o fogo pode fazer a pica derreter ou queimar. Imagina a situação: No meio do churrasco, sobe aquele cheiro de plástico queimado e sai fumaça da tua calça te obrigando a olhar todo mundo com aquele sorriso amarelo enquanto inventa uma desculpa e sai correndo para o banheiro para ver se você não se tornou metade do homem que era... resolvi me tornar vegetariano então.
Outro desconforto é que a merda do cacete está sempre dura. Certa vez, dentro de um ônibus, passei pela situação constrangedora de ter uma senhora gritando-me desaforos ao passar pela mesma, em busca de assento. Naquele empurra aqui, empurra ali, fui obrigado a me roçar nela para poder passar e ai, você já viu: mulher velha, há tempos que não vê um cacete, carola de tudo, só pensa besteira... outro problema é quando a porra dos pentelhoe envolvem o dito-cujo enquanto você está sentado e, ao levantar, são todos puxados e você solta aquele gemido contido, faz aquela cara de quem está com dor de barriga e está segurando o rabo para não cagar nas calças...
Pensando bem, o ideal seria não emplastificar nem usar camisinha. O melhor seria comer sempre a mesma mulher, e vice-versa... mas quem diz que nós agüentamos!? E elas!?
