O SILVO DA SERPENTE...
Ana Zélia
Toquem flautas, a víbora sai do cesto e enfrenta o mundo. Quer vê-lo, sentí-lo...
Mesmo uma NAJA, os homens não a temem, porque a
conquistaram com a audácia, exterminando o perigo.
Satisfeitos a fazem retornar ao abrigo e ali ficar até o próximo espetáculo.
A NAJA se curva à dança, ao som da flauta.
As víboras não são traiçoeiras, elas silvam avisando:
__ AFASTEM-SE. EU SOU O PERIGO! FUJAM!...
Se as pessoas fossem como elas, não haveria tanta traição, desrespeito.
As cobras mudam a pele todo ano, deixam a casca velha e passam a viver de capa nova.
Os humanos deveriam imitá-las.
Quem sabe o mundo se tornasse melhor, as violências se extinguiriam, porque todos se respeitariam.
Quantas lições de vida nos dão os animais, até os mais perigosos.
Com suas vozes eles tentam transferir mensagens,
apesar de sermos os mais inteligentes, não as deciframos.
POBRE
HOMEM!
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Nota da autora- Pertenço aso signo da transformação, sou de escorpião, sua simbologia é a Águia que voa alto, Fênix, que renasce das cinzas, as serpentes, todas elas e o pobre escorpião0, que vive escondido, seu veneno é na causa, isto para dar oportunidades aos incautos de mexerem com ele, numa rapidez incrível, ele ferra ou diante da morte inocula em si o veneno mortal, mas não se entrega. Coisas da vida.
Parte integrante dolivro Mulher! Conquista fácil! (Poesias e crônicas) editado pela UFAM/1996 e que hoje publico na usina. Manaus, 18.05.2011 (Ana Zélia) |