RECEITA DE BELEZA
Não, não me falem da pele dourada da Adriane Galisteu, do rostinho da Patrícia Pilar, das curvas das garotas da Playboy. Abaixo a sensualidade da Ornela Mutti, a beleza madura da Ângela Vieira. Estou mais para a Olívia Palito, beleza retilínea e discreta (muuuito discreta) ... Pera aí, quem foi que andou mexendo no meu micro e escreveu essas besteiras aí em cima? Sacanagem! Vão pensar que sou boiola.
Com o título acima, queria apenas ponderar que não existe receita de beleza. Cada um possui seu próprio paràmetro (tudo isso é óbvio, claro). Para o marinheiro Popeye, a Olívia Palito é mais portentosa que a Vera Fischer. Percepção da beleza muda conforme a geração. Tem muito a ver com a mídia. Antigamente não devia diferir muito. Só que mídia, em outros tempos, era a cama dos poderosos (será que hoje é diferente?). Mulher famosa por compartilhar o leito dos governantes, entrava no pincel dos pintores (quero dizer pincel mesmo, em carne e osso, isto é, em cabo e cerdas...sei lá. Como explicar melhor?). Para entender a evolução dos padrões de beleza, é só acompanhar a história da pintura.
Para os artistas anteriores ao Modernismo, mulher não dispensava uns "pneuzinhos", além da nádega volumosa, um jeito beatífico de grávida. Nada de uma corzinha na pele. Fico pensando como se daria mal naquela época uma Adriane Galisteu. Provavelmente ficaria se lamentado, trancada no quarto: meu Deus, por que nasci assim horrível?
Após essa época, a mulher bela (confira na pintura moderna) adquiriu contornos angulosos; devia possuir olhos no lugar das orelhas, boca na testa, braços desproporcionais. As mais disputadas eram as que possuíam os seios nas costas e as nádegas na frente. Eram ótimas para se dançar agarradinho.
Às vezes acontecia a mulher (o homem também) ser bonita na época errada: quando a moda era ser cheinha, algumas tinham o corpo quase transparente; hoje, na era das top model, amargam muitos quilos a mais. Que fazer? Culpa da mídia.
|
