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Ensaios-->O BÊBADO E O POETA -- 03/12/2001 - 06:31 (guido carlos piva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O bêbado e o poeta se encontraram pela rua...
Um contava sua estória. Outro olhava para a lua
O poeta, com seus versos, declamava poesias
O bêbado em resposta remediava o que ouvia:
_ “Minha branca namorada, que embranquece meus cabelos.
Vem aqui como grinalda satisfaça meus desejos...”
O bêbado impertinente, muito zonzo pelos goles!
Com palavras imitando: falou rindo, falou mole:
_“Minha branca namorada, que parece mais um queijo...
Vem aqui, estou com fome, satisfaça meus desejos.”
O poeta se irritou pela fala e o deboche.
Para a lua, então falou, poetando em resposta:
_“Não te ofendas doce luz... tu refletes o rei sol!
Tu és linda quando cheia, em minguante ou no arrebol...”
Mas o bêbado insistente, com os olhos arregalados
Ia rindo, ia falando com um jeito debochado:
_“Não repares doce lua, se aqui não tenho mesa...
Eu te como tal um queijo e o rei sol de sobremesa.”
O poeta mais irado rebuscou algo mais forte...
E aos gritos foi versando, sobre vida, sobre morte:
_“Não ligues para o ébrio de comida te chamar...
Ele diz, mas não tem força para poder te machucar...
Guarde só minhas palavras. Elas vêm do coração.
Tudo aquilo que ele fala não tem forma nem razão. “

De repente, num clarão, a lua cheia se iluminou...
Lá de cima, em cochicho, para os dois então falou:
_“Não se aflijam meus amigos, não pertenço a ninguém.
Todo bêbado é poeta quando bebe por alguém...
Basta sentir o seu lirismo quando em queijo me compara.
Seu olhar não tem desejo... Sua fome é sua tara.
E você, meu bom poeta, tal o bêbado me devora.
Sua fome é sentimento, ao me ver ela se aflora...
Sou a lua, sou da rua... Vivo andando nos telhados
Meu destino é inspirar o sonhar dos namorados...“

E assim os dois partiram... Cada um para seu lado.
Cada um guardou da lua, sua parte do recado.
Os dois se retiraram... A lua branca disse adeus...
O sol já espiava... Mais um dia que nasceu!

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