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Contos-->Estórias da História -- 08/07/2000 - 23:41 (Carlos Delphim Nogueira da Gama Neto.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estórias da História.
De La Botélla

Hoje, já não difere a escrita. Como jamais diferiu o que ele disse: " Esqueçam o que eu disse ".
Estou sem o meu dicionário, portanto, qualquer palavra mal grafada, de sentido - porventura- dúbio ou mesmo ininteligível, relevem ou tentem decifrar por conta própria. Quem sabe, algum dia eu possa melhor expli...
Não ! Pensando bem, espero que nunca, ninguém exija qualquer explicação. Principalmente aquele que encontrar, consigo, qualquer semelhança. Pois, qualquer semelhança com fatos passados ou presentes, com pessoas vivas (ou não tão vivas) terá ocorrido por obra do acaso.
E, como obra o acaso !
Os fatos e os personagens são hipotéticos... ou serão, ih! patéticos ? Sem meu dicionário não tenho certeza de mais nada. Portanto, usarei os dois termos indistintamente e, peço à você leitor, que faça sua tentativa de interpretação.
A época, é hipotética.
O país, ih ! patético, como os personagens.
O enredo será plausível, quase real.
Em uma época longínqua, havia uma terra... um país...uma republica..
-RepÚblica !
RepÚblica ? Quem é que vai contar a estória? Ou será história ? Bem, me dê licença, quem vai contar sou eu; portanto, eu é que sei do que estou falando, pô ! Agora vou ter que explicar o desnecessário.
Era uma Republica. Assim chamada, pois era o rei quem fazia as leis e quem as mandava publicar e, se lhe agradasse, mandava republicar. Bem ! Ao menos era o que constava.
-Era nada ! Ele só assinava.
Vá lá ! Até pode ser verdade.
-Assinavam o nome dele !
Não acredito !
-Era Rei ou era Príncipe ?
Assim não dá pra continuar ! Tá certo, vamos lá. Começou como regente. Depois de um "gido", passou a Príncipe Regido e, o foi até o fim do mandato. Por tal mérito, foi aclamado "Rei " temporariamente, sem deixar de ser "gido ".
Se o país tinha nome ? Mas, é claro ! Era.... Bem, há muito tempo atrás, era chamado de "República das Bananas". Depois, lá por volta dos meados de sessenta até oitenta, foi chamado de "República dos Bananas ", hoje eu já não estou bem certo. Mas, para dar continuidade à narrativa, e esperando não ser mais interrompido, chamemo-lo de "Faz-de-Conta" e seu povo de "faz-de-contentes".
As leis - em Faz-de-Conta - eram redigidas , após muita meditação. Eram, quase todos, adeptos fervorosos de algumas práticas orientais. Principalmente da filosofia do "KENDÁ".
-É KENDÔ !
Nada disso ! Não é Kendô, Kendô é arte marcial, uma espécie de luta. Já o "KENDÁ", é uma filosofia. E, sem esta filosofia - em matéria legal - nada feito !
Faz-de-Conta tinha uma série de instituições e de situações bastante comuns e, muito semelhantes àquelas às quais estamos acostumados. No transcorrer da narrativa - se vocês deixarem - perceberão que é verdade o que digo.
Lá, também alguns médicos dormiam nos plantões enquanto os pacientes sucumbiam por falta de assistência. "O delegado de plantão foi surpreendido em casa, pelo ladrão " - era a manchete do jornal . Semelhanças com o povo ? Também havia. Sobreviviam por pura teimosia.
Na área econômica, Faz-de-Conta ia de vento em popa ! Estatísticamente falando, é claro. E, nas demais áreas era pouca a diferença. Os poucos que ainda estavam no mercado formal de trabalho, perdiam dia-a-dia o que fora conquistado através de decênios de lutas.
O cidadão faz-de-contente, personagem de nossa narrativa, fazia parte daquela minoria que ainda trabalhava no mercado formal. E, para ele, aquele dia do mês era o mais importante - era o dia do pagamento.
Findo o expediente, passou pela tesouraria e recebeu o pagamento. E, como de hábito foi a pé para casa. Não morava tão longe e, o vale-transporte economizado servia em parte, à diversão. Uma cervejinha, vez por outra !
Lá vai ele, caminhando sem pressa; a mente divagando em sonhos e projetos. Leva no bolso a garantia do aluguel pago, da caderneta do armazém zerada... ôpa ! A divagação é interrompida - de sopetão - pela voz que lhe anuncia o assalto, sob a mira de um "quarentão". É ! lá eram dois acima.
Aliviado já, da grana e do peso na bexiga, só lhe resta a alternativa de ir ao "Recinto Policial ". Ou seria "ressinto do policial "?. Bem ! Era alguma coisa mais ou menos assim, semelhante ao nosso Distrito Policial.
Precisava ir. Nem tanto pela ilusão de recuperar o que lhe fora roubado, mas para justificar o "cano" no aluguel e na venda do Manuel.
Lentos eram seus passos a caminho do distrito. A noite descia lentamente, simultânea com sua chegada ao destino.
De lá saiu, com o sol a lhe sorrir. Fora toda uma longa noite de espera. Clareava o dia quando o delegado o atendeu.
Um Delegado estremunhante, ainda alquebrado pela noite mal dormida. Lépido porém, na inquirição e na oitiva de fim de plantão.
Perguntado a que vinha; foi desfiando...- acossado, pelo delegado apressado - sua história, até mencionar a origem do dinheiro roubado.
-Salário ? Ora ! Estamos, os dois, perdendo tempo. Salário é matéria eminentemente trabalhista ! Contrate um advogado para mover a ação. Nada a ver com matéria penal.
-Hem ?
-Sem hem, nem hum ! Foi o que eu lhe disse: " ingressar com ação na Justiça do Trabalho ". E, tenha um bom dia! Meu plantão terminou, ufa !
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