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Ensaios-->Chamas no inverno -- 26/03/2002 - 12:35 (Edio de oliveira junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu prefiro a imaginação ao conhecimento!
O mundo hoje está virado de regras
Esta inchado de filhos “ diplomados”...
Onde estão aqueles loucos?
Onde estão os inventores?
Vejo poucos poetas bêbados e entorpecidos
Cantando suas liras em becos escuros...

Benvindo ao mundo dos diplomas comprados,
Benvindo ao mundo do “ tecnicismo-codificado”
Adeus neologismos, adeus essência espiritual,
Adeus liberdade, adeus...

Somos os filhos da cidade moderna
Da evolução sem parâmetros e sem posturas,
Somos os filhos de uma nova terra sem céu!
Sem camada de ozônio!
Mas temos ainda o fulgor de uma “bela” névoa
“negra-turba-ólea-cinzenta-industrializada”

eu prefiro a imaginação ao conhecimento!
(este jardim ainda não intoxicado)
Em mim não há indústrias, nem passaportes,
Nem aglomerações de enfermos, nem de operários, nem de miseráveis,
Negações, contratos, avisos prévios, bandeirismos...
Meus pés habitam a cidade escura,
Minha mente habita o jardim isento.

Benvindo ao mundo dos leões!
Benvindo à terra dos celulares minúsculos,
Dos microships fantásticos, do combustível, da combustão, da explosão,
Benvindo ao mundo da velocidade, dos horários marcados,
Dos “executivos-devoradores-de-sonhos”,
Benvindo à matéria, à injúria, à depravação...

Venha! Vamos viver a lei da “selva-concreta”
Venha respeitar o decreto da “caneta-de-ouro”, do ar condicionado,
Da evasão, da hipocrisia...
Benvindo ao congresso de portas fechadas!
À câmara dos deputados vazia!
À assembléia legislativa meticulosa.
Benvindo ao mundo dos homens de terno
Que viram as costas ao nordeste sedento,
Aos aidéticos, aos leprosos, àqueles que são tão fiéis ao seu bom nome...

Ah! Eu prefiro a imaginação ao conhecimento
Pois do lado de fora de nós mesmos
Somos versos de um poema que escrevemos
Com tinta de sangue de nossas veias
E ao morrer, não podemos ler nossa própria história,
Ou porque ainda não sabemos, ou por já estarmos cegos,
Ou cansados demais...

Benvindo ao mundo das ordens, das diretrizes, do fanatismo,
Da TV, dos acordos políticos, das “sentenças de morte”,
Benvindo ao mundo dos discos voadores,
Dos seres “extra-terrestres-pseudo-humanos”
Benvindo ao mundo órfão sem amor,
Benvindo ao mundo da discórdia.

Adeus, mundo concreto!
Em minha mente um pássaro voa
Anunciando a estação dos sonhos.
Tudo brota de uma terra pura
E revigorado se sustenta!
Há caminhos de liberdade nas ruas que crio
Há emoções que sustento em tom de palavras
Há crianças correndo em campos sadios
Há lentos gestos de amores sagrados...

Adeus!
Vejo cair no horizonte um sol vermelho,
Vejo brotar no alvorecer uma verdade...


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