Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62280 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50667)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6207)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A INTERNET E SEUS MISTÉRIOS(Junio Batista) -- 29/06/2011 - 09:34 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A INTERNET E SEUS MISTÉRIOS



A poderosa Internet é fascinante, ela é cheia de textos, imagens, animações, vídeos e áudios. Entretanto essa grande quantidade de informações e a liberdade de acesso trouxeram também grande preocupação no meio acadêmico. Para lidar com essa poderosa ferramenta é preciso cautela, muito estudo para desvendar seus mistérios, e obter informações confiável e de qualidade.



No meio dessa celeuma não podemos negar ela traz inúmeras vantagens, porém, por parecer tão simples e fácil os estudantes, e até mesmo, professores menos atentos, acabam reproduzindo literalmente os textos e dados encontrados sem nenhum tipo de critério, é nesse momento que mora o perigo, pois muitas das vezes as informações trazem uma infinidade de erros, muitos deles gritantes, e o que é pior, muitas vezes são encontrados nos próprios sites institucionais – aqueles elaborados por órgãos públicos. Quem diria!



Exemplo claro é o próprio site do estado do Tocantins, o famoso www.to.gov.br, nele encontramos uma infinidade de proezas, que dá até arrepio. Que diga os nossos concurseiros e a Universa mentora do último concurso do quadro geral.



Encontramos, por exemplo, que o Tocantins tem apenas 15 comunidades quilombolas, quando o certo é 28. Na questão índigena diz que moram sete etnias, a quantidade até que está certa, mas a descrição inclui o Pankararú que ainda não foi reconhecida e exclui os Krahô que vive entre os municípios de Itacajá e Goiatins. De quebra, na mesma página traz a quantidade populacional desatualizada, com dados de 2007 e erroneamente diz que o Tocantins limita-se ao Norte com os estados do Maranhão e Pará, sendo que o certo é só o Maranhão.



Em outra página do site, onde fala sobre a criação do estado relata que no dia 5 de outubro de 1989(deve ser 05.10.1988), foi promulgada a primeira Constituição do Tocantins, feita nos moldes da Constituição Federal e que foram criados mais 44 municípios, porém o texto contitucional só cria 40 municípios na mesma página diz ainda que mais da metade do território do Tocantins 50,25% são áreas de preservação, que sendo o certo é apenas 22% da superfície do estado. Ele por ser a maior referência acaba induzindo milhares de outros sites a reproduzirem.



No geral os erros mais comuns são: área territorial, população, regiões geográfica – pois muitos sites insistem em dizer que o Tocantins está no Centro-Oeste, sendo que o certo é região Norte; outros sites dizem que as belezas do Jalapão estão localizadas no Sudeste, algumas páginas da Internet mais escadalosas dizem que é no Norte, sendo que o certo é no Leste do estado. Pasmem leitor tem site que diz que o encontro dos rios Tocantins e Araguaia fica no município de Augustinópolis, sendo que é em Esperantina, informação copiada no livro didático Tocantins: História e Sociedade (São Paulo, FTD, 2008) distribuido pelo MEC, denunciada pelo escritor Mário Martins em seu site WWW.MARIOMARTINS.COM.BR.



Nesse universo de informações distorcidas, destacam “Disciclopédia” e o “Wikipédia”, esses dois sites por serem enciclopédias livres, onde qualquer pessoa pode lançar informação, adicionando ou excluindo dados, encontramos de tudo. O Wiképedia por sinal já foi banido nos Estados e Unidos e nos trabalhos acadêmicos das universidades brasileiras, porém no meio popular continua fazendo atrocidades, uma delas é dizer que a Belém-Brasília não é a Br 153.



Já o site http://desciclopedia.org/wiki/Porto_Nacional diz que a centenária cidade de Porto Nacional “é a maior tribo indígena do estado do Tocantins e uma grande dor de cabeça para a FUNAI. É o único município em todo Brasil que vota para presidente, prefeito, essas coisas, mesmo sendo dominado por índios. A língua predominante é o tupi, com alguns dialetos apinajés, capaxós, tapajós, Xerentes e Escambal” fala ainda que “Mesmo sendo uma população predominantemente indígena, a cidade parece que aprendeu os maus modos de vida e anti-higiene com os povos europeus e não se cansam de jogar todo o lixo da cidade no rio, que é relativamente grande e rápido e consegue diluir bem a sujeira. O rio corre para Palmas e enquanto a população de Porto Nacional desfruta das toscas praias artificiais da cidade, o povo palmense tem que sofrer com o lixo no rio Tocantins”.



Assim, antes de utilizar dados da Internet fique atento ao site, veja se ele é confiável. Se a informação foi postada nos últimos meses, se tem fonte de referência, evite usar informações de Blog. Caso contrário você vai ser mais um que vai cair no conto de fada da Internet.







*Júnio Batista do Nascimento, professor, pesquisador sobre o Tocantins e articulista.





Só imprima se for necessário, a natureza agradece.....



Professor Júnio Batista

Fone: 63.8442-2888

Twitter: @juniobatista

Orkut Junio Batista
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui