Provei esse amor
Mesmo quando te apagaram da memória
Estas tantas respostas
Lembra-te dos velhos ninhos
O porão, a porta entre-aberta
que mais ainda convida
os desejos de Poeta
Os passos rachados grifam o chão molhado de lágrimas e fantasias
Assombra-te o meu gozo farto
Que sorri em meus lábios salivados
e o cheiro de sexo impregnado...
Quando te sei em minha procura
Indago-te a indecente brandura
Em que te brinda o meu verso em cio...
No meu, que é teu, poema
Há a sutileza dos corpos
Que moldam o nosso encontro
Faço de cada letra suor
Menino malvado, lambuzo-me no fetiche
Crio teias, armadilhas e sedutoras rimas
E amo-te em prosa
rechaçando todas evidências...
possíveis e imaginárias...
Secando-me ao corpo teu
Vezes, enchuvarado, esfrio-me
E visto-me, nu de ti...