Um céu de estrelas foi se entregando a falsa luminária,
Mas a lua solitária, insiste, enluarando os calçadões,os orelhões,
E o vai vém das meninas, na Senador Flaquer e na Oliveira Lima.
Outrora por essas vias, subiam e desciam, sonhos e fantasias...
Uma saudade aperta o peito, numa lembrança sem jeito
que em minh alma se aninha,
Dos encontros informais, de todo final de tarde, no saudoso Quitandinha.
Dos bailes tradicionais do Moínho, dos gostosos carnavais do Panelinha.
Santo André dormiu no tempo dos famosos bandeirantes...
Foi acordando, acordando, qual princesa adormecida
num longo beijo de anjos...
Ao progresso despertando, ergueu-se no pedestal das mais desenvolvidas.
Como é lindo ver do alto do Jaçatuba, o dia amanhecer.
O sol das manhäs prometidas, envia seus raios benquistos,
Pelos väos dos edifícios, novos e antigos.
Aquece a cidade gigante, Santo André de tantas raças,
Abrigo de todo migrante , berço de bons nascidos.
As quaresmeiras floridas, os flamboyants verdejantes,
Säo testemunhas constantes, da criançada contente, brincando pelas ruelas.
& 61623.; No tronco de um choräo debruçado, há uma jura de amor,
& 61623.; num coração desenhado.
O sol é uma bola de fogo na hora da despedida, nas tardes douradas da vida.
No tempo cinzento e frio, a noite é calma e vazia.
É madrugada ainda e a fábrica apita com grande melancolia.
Nesta hora singular, revela-se a alma sincera deste povo trabalhador,
Deste povo cheio de amor, de esperança e fé,
Por sua täo amada Santo André.
|