Estou convivendo com histórias boa parte do meu tempo. O final de semana é o meu momento de selecionar as histórias que contarei na apresentação seguinte e isso tem me feito sonhar demais. Não digo sonhar acordada por conta da magia das narrativas, isso acontece naturalmente, sem grandes surpresas, digo sonhar dormindo, sonhar colorido, sonhar sonhos bons. E agora, eu consigo me lembrar de todos os detalhes desses sonhos.
E qual é o roteiro para a próxima sexta-feira? Flor no Cabelo, um belo conto do livro Violino Cigano, da Regina Machado (diva!); Mata Sete na versão da Ciça Fittipaldi e Os Passarinhos da Figueira, conto integrante da coleção Clássicos da Infância, que eu ganhei de uma amiga há muitos anos.
Quais os recursos que uso para memorizar as narrativas? Variados. Eu costumava usar muito o meu gravador, no entanto, minha memória auditiva não é lá grande coisa, eu me disperso com facilidade e quando percebo, às vezes, a história já está no fim e eu não retive quase nada dela. Prefiro fazer um "esqueleto" da história, retirando dela as partes essenciais, assim crio um roteiro e em cima dele, sinto-me mais à vontade para usar também a minha criatividade. Isso faz com que a história flua com mais naturalidade, seja mais prazerosa.
Outro dos meus recursos, é usar uma lousa - verdinha, média, bem comum mesmo - que tenho na copa de casa e lá, eu reescrevo, algumas vezes, o "esqueleto" da história escolhida. Também repito esse mesmo procedimento em cadernos de rascunho. Até que chega um ponto em que a história começa a fazer parte de mim, eu passo a conhecê-la em seus mínimos detalhes, nós nos tornamos íntimas e aí me sinto segura para compartilhá-la com as outras pessoas. Posso contá-la sem sobressaltos, sem receio de lapsos de memória.
A caminhada continua... Até!
SP - 27/06/2011
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