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Artigos-->Contando histórias num abrigo de senhoras - (7) -- 06/07/2011 - 09:46 (Alzira Chagas Carpigiani) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



Ao som de Villa-Lobos para Crianças estou preparando as histórias para a próxima sexta-feira (08/07/2011).



A Chiquinha é baixinha có có có



rasta a saia pela lama có có có



ela é meu bem, ela é meu bem,



se ela morrer eu fico sem ninguém.



 



As Fadas, na versão de Charles Perrault. Maniqueísmo puro, mas floreado por uma história deliciosa. Quem não gostaria de ver cair da própria boca flores e pedras preciosas ao dizer palavras como “bom dia” ou “boa tarde”, principalmente, em tempos bicudos como os nossos? Na realidade, isso pode não fazer o menor sentido, mas no reino da fantasia, onde tudo é possível, é tão natural quanto dizer abracadabra.



 



Ah, ah, ah, minha machadinha!



Ah, ah, ah, minha machadinha!



Quem te pôs a mão sabendo que és minha?



Quem te pôs a mão sabendo que és minha?



Se tu és minha também sou tua



Se tu és minha também sou tua



Pula machadinha para o meio da rua.



 



O Rei Sapo, na versão dos Irmãos Grimm. A bola de ouro da princesa cai na água do poço e a partir de então a história se desenrola. Como dominar nossos instintos mais primitivos? Dividir os alimentos do próprio prato com um sapo? Dividir também a bebida da taça e a própria cama??? Que pai em sã consciência exigiria isso de sua filha? Um rei de palavra, aquele cuja palavra não volta atrás jamais, diria severamente para a filha: “O que prometeste deves cumprir. Portanto, vai abrir a porta.” Simples assim e sem contestar a mocinha obedece. Sem contestar?  Nossa, parece mesmo mágica!



 



Minha cotia estava na cozinha



Eu só me queixo da cozinheira



Você queria, porém não via,



Sem ter dinheiro comeu ‘mia’ cotia.



 



Os Desejos Ridículos, também de Charles Perrault. A ignorância não merece ser premiada. Se a criatura tem a oportunidade de alcançar as estrelas, mas escolhe inadvertidamente colher um simples punhado de areia, pois então ela que fique com a segunda opção. Não existe mais ou menos no mundo da fantasia, não existe a opção do “jeitinho”, se a criatura não merece o prêmio, ela não leva e ponto. Mais ainda, se ela é má, a punição é inevitável e aqui falamos, muitas vezes, de sapatos de ferro em brasa, de fogueiras ardentes, de aves bicando os olhos das criaturas culpadas. Saber que o mal é realmente punido dá uma sensação de segurança inexplicável, seja qual for a nossa idade.



Que lindos olhos,



Que lindos olhos tem você



Que ainda hoje,



Que ainda hoje eu reparei



Se eu reparasse,



Se eu reparasse há mais tempo



Eu não amava,



Eu não amava quem amei.



 



Rapunzel, dos Irmãos Grimm. Essa história é feita de muitos símbolos. Rapunzel, aos doze anos, torna-se prisioneira da bruxa, numa torre sem porta e sem escada. O plano materno para evitar um contato da filha com o sexo oposto não dá certo. As conseqüências disso são bem conhecidas: a mãe reage mal e com raiva, ela corta os vínculos (o cordão umbilical psicológico = a trança) com a filha, que uma vez expulsa de casa, é obrigada a fazer, sozinha, as próprias descobertas.



Lembrei-me agora da Coleção Disquinho, que tocava na minha infância:



 



Vivo triste nesta torre



Onde a bruxa me prendeu



Todo mundo vive alegre



Todo mundo menos eu



Vivo triste nesta torre



Onde a bruxa me trancou



Esperando, esperando



Por quem nunca mais voltou.



 



Ou ainda:



Rapunzel, Rapunzel,



Jogue as suas louras tranças



Sem demora, sem demora,



Que eu vou subir agora.



 



Sexta-feira com certeza será um grande dia! Até, pessoal!

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