É sentindo a proximidade da morte que saboreamos nosso momento mais vida.
Eu quero viver...
Amamentar meus filhos, sentí-los sugando vida, não morte. Eu quero amar sem obstáculos, sem um látex me separando da minha metade. Ver meu sangue escarlate correndo, escorrendo, pingando, marcando os muitos dias que ainda tenho pela frente. Eu quero olhar meus cabelos virando neve, minha pele sendo frisada, meus olhos perderem o brilho... cegá-los de belas paisagens.
Eu ainda tenho muito o que sofrer, ainda tenho muito o que chorar. Mas não quero lágrimas concentradas... quero chorar inúmeras catástrofes de vida.. não apenas uma!
Em 08 de setembro de 2002 |