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Infantil-->A Menina Lilica -- 06/05/2002 - 15:43 (Rita Nasser) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Menina L i l i c a
Rita Nasser


Lilica era uma menina muito tímida...
Vivia com a cabeça abaixada, as mãos unidas para trás, mas estava sempre sorrindo.
De tudo ela achava graça...
Seus cabelos eram compridos e castanhos. Sua franja às vezes cobria seus olhos e então, ela assoprava pra cima para poder enxergar. Mas isso ela fazia sem perceber e quando sua mãe via, lá vinha a bronca:
- Menina, toma jeito. Você já está ficando uma mocinha e com esses modos!
Aí Lilica corava. E suas sardas se destacavam no rostinho vermelho.
Na sala de aula, era muito aplicada. Mas quando a professora dizia seu nome ela entrava em pânico. Virava um pimentão e todos caiam na gargalhada.
Em sua casa a parte que ela mais gostava era seu quarto. Fechava a porta e virava outra: Cantava, rodopiava, falava sozinha... Ali era a dona do mundo.
Num domingo Lilica foi com a família ao circo onde ocuparam a primeira fila.
A menina se divertiu muito, até que entrou o palhaço. Brincou com ela e pronto... Lilica caiu num choro só, morreu de vergonha e disse:
- Nunca mais vou ao circo.
Passaram-se muitos meses e nas férias seus pais foram viajar para o clube de campo, onde todos se divertiam muito.
Ficaram lá por alguns dias e Lilica estava muito à vontade, nem parecia a mesma.
Ficava o tempo todo na piscina, dava pulos, mergulhos, virou a atração do clube.
Numa certa manhã bem quente, a piscina estava lotada e Lilica lá, feliz da vida.
Então um bebê que engatinhava, caiu na água e sem que dessem conta ele afundou.
Lilica percebeu logo, pulou e não teve dúvida, salvou o bebê.
Quando a menina saiu da água com o bebê no colo, todo mundo bateu palmas...
Mas naquele dia, para a surpresa de todos, ela não corou. Ficou toda Estufada, de tanta alegria...
Fez muitas micagens, dançou, rodopiou, pulou de novo na água. Virou a dona da festa...
Agora, sua mãe ao invés de dizer:
- Fala, menina calada.
Ela diz:
- Fica quieta, Menina assanhada!
Rita Nasser
SP/94/95

Texto original sem ilustração e com registro na FBN
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