Egresso da parafernalia
Do labor constante,
Da lida,
Da adversidade.;
Quase, ou inteiramente ferido,
Senao o corpo
Sera´ o espirito,
(sua verdadeira vivencia).
Corre o espirito no hoje do corpo.;
Este brinca com o ontem e o amanha.;
Aquele padece e enfrenta
Essa anomalia dos minutos.
Vive a fome,
Convive com o incerto
Da morte sempre por perto.
O fracasso de um projeto
Traz-lhe a angustia, a apatia.
Estaciona o corpo defronte ao espirito,
Como um veiculo abandonado
Ate´ a noite do ultimo dia,
Em que outro objetivo vislumbrou.
E, novamente, a teimosia
Triunfou.
A vontade, vinda nao se sabe de onde,
Como a mare´ alta,
Começa tudo de novo.
E renasce nova esperança,
Vigorosa aliança,
Para nova meta.
Assim sempre sera´,
Sempre foi este homem
Este poeta...
(Jeovah de Moura Nunes)
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