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Poesias-->Âncoras Soltas -- 14/01/2003 - 20:43 (Luísa Ribeiro Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Aqui vim fustigar aquele fogo

do olhar que vislumbro lá no fundo

antes que cinzas de esquecimento

camadas de frio, musgo bolorento

venham cobrir de manto opaco

a luzinha que ilumina o nosso tempo.

Tempo de mudo entendimento,

a coberto de faróis extintos,

entre mares revoltuosos

em dias de âncoras soltas,

desbragadas velas loucas...

Não, o tempo não tem senso

e inocente leva e traz o amor,

em indeléveis palavras de marfim...

E sejam embora os seus voos

incipientes bátegas de vento,

pálida e serena, a gaivota volta sempre

a esse beiral

onde a espera o doce descanso

e abrigo do forte temporal .

Mas...

Por que não chove hoje sem perdão,

e não se faz a noite diluviana,

com esse mancial da emoção,

imanente e tão pungente,

na urgência imperiosa de te entrever?

Divisar-te entre a chuva, um perfil que vai

passando, mão que se mexe num aceno

de graciosidade e impavidez,

como quem atravessa o mundo

e volta sempre alguma vez, por um segundo

que seja, para saudar assim em gesto grácil

e desaparecer depois na bruma...

Não, não sou estrela, nem farol, nem tenho

o brilho da Lua ou calor do Sol de Agosto.

Mas espero, sentada na encosta,

e sei que hás-de vir por um instante,

cometa errante, sorriso indefinível,

o gesto obscuro do olhar de barro

onde fervilha, puro, o amor que não me tens.

Virás, mas não verei mais do que esse gesto

esse aceno de modéstia, esparsas palavras sopradas

semeadas com alento ... e então depois silêncio.





















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