A Amazónia está doente
Na linha do Equador
Ao norte do nosso país,
Está o verde orgulho nosso
Sustentado na sua raiz,
São as matas fornecendo o ar
Para entrar em nosso nariz.
Representa o pulmão do mundo
Com suas bio-diversidades
Cientistas de todo o planeta
Doutores de universidades,
Buscam em nossa Amazónia
A cura para a humanidade.
Pór outro lado há os invasores
Transformando em competição,
Para ver quem derruba primeiro
A última árvore do pulmão,
Que gastou tempo para vingar
Até jogar sementes no chão.
Sinto vergonha em dizer
Que faço parte dessa geração,
De homens sem consciências
Que ainda vive neste chão,
Que queima, que fere e que mata
Toda bio-diversidade da nação.
Falo dessa linda floresta
Minhas palavras são tristonhas,
Dos males que estão fazendo
Com nossa gigante Amazónia,
Estamos vivendo esta realidade
Nos causando muita insónia.
A gigante floresta do mundo
Estão com seus dias contados,
Os animais que vivem nela
Estão morrendo asfixiados,
Das fumaças das queimadas
Em diversos pontos variados.
Diversas árvores milenares
Com espécies de plantas medicinais,
Que em queimadas muito maldosas
Morrem como os animais,
Morre o solo, morre o índio
Sofre os nossos ancestrais.
Socorro mãe natureza
Escutais os pedidos profundos,
Socorrei o verde da bandeira
Que é o pulmão do mundo,
Salve o pouco que ainda resta
Livra-nos dos pensamentos imundos.
A correria é muito grande
Dos animais a procura de abrigos,
Pois o homem, esse devastador
É para a floresta o perigo,
Empunhando o seu moto-serra
Como se a árvore fosse um inimigo.
Igarapés forrados de cinza
Deixa os peixes sem respirar,
Tribos inteiras em extinção
Nas danças vivem a lamentar,
Homem branco, porque homem branco
A Amazónia, quer acabar?
A terra pouco respira
Com seu pulmão adoentado,
A fauna, a flora, a água
Todos estão sendo atacados,
Até mesmo as bacias fluviais
Que sempre foram admirados.
O norte uma região do mapa
Logo logo mudará de cor,
Cor do fogo em lugar do verde
Mostrando a falta de amor,
Dos homens de nosso planeta
Que a Amazónia devastou.
De: Airam Ribeiro - Itanhém-Ba-07/98.
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