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Ensaios-->POR ONDE AS LINHAS ME LEVAREM -- 08/09/2002 - 22:27 (Helinton Pires Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para onde essas linhas me levarão hoje? De volta a selva? Ao espaço quem sabe? Ou talvez as previsões 'nostradâmicas', tão certas como amanhã fará 31,5°C. À depressão ou a cura dela? Não, hoje acho que serei breve e simples, falarei sobre nada. A minha frente as folhas alvas esperneiam em silêncio. Querem ser preenchidas, sem alma aguardam o momento de serem forjadas as letras e erros gramaticais que só eu sei fazer.

Hum, por onde começar? O dia escuro lá fora combina com a angústia, melancolia. Será esse o meu assunto, ou seria eu sempre, o assunto deles. De que me falam as palavras quando as ponho no papel? De que Mundo distante vêem e para onde querem me levar. Se eu fosse alguém com um pouco mais de intelecto já saberia. Mas enfim, a eterna busca e o café, me mantêm acordado, alerta, ocupado, vivo.

Carambolas! Fico sentado aqui a arder a espinha - já atordoada por intensos descasos - enquanto decifro o enigma da serpente que bem pode ser um til ou uma arroba aninhada a zunir seu chocalho.

Objetos ignorantes, me dêem uma luz! Ficam aí postados como se a vida não lhes dissesse nada. Caixas de som mentecaptas, porque me olham com esse irritante ar superior? Sua inércia me aborrece. Os três patetas, o subwoofer Larry berra de um lado enquanto o Curly left speaker se abaixa para não receber a batida grave do bumbo na cara. Esse olho verde brilhante não me intimida, fiques sabendo que é um toque meu e ficas imprestável no canto, desligada, acabada.

O quê? Ora, sua desenvoltura e potência verbal não me dizem nada. És amontoado de tecnologia. São watts, mas poderiam ser cavalos, gigabytes, não me importa, não me convencem os números. 3D Sorround Sound o escambau. E pra mim chega, te puxo o plugue ein.

Ahn é inútil. Sabes que adoro ouvir sua voz. Sua doce e aveluda voz, às vezes rouca, por vezes fina. Grossa e vigorosa ou delicada e sensível. Inundas, transborda e transfiguras esse ambiente apaticamente silencioso em algo intenso, pulsante. Igual meu coração quando ouve das palavras de amor que me dizes. Dos cantos melodiosos dos dizeres reconfortantes. Levam-me as lágrimas para me fazerem feliz após.

A água salgada que rola pelo rosto, é faxina da alma. Quando em cascata desce através da menina chorosa que vive em meus olhos, anuncia: o trabalho está feito e, sem cinismo, bem feito.

Toque para mim aquela que me faz cantar. A que me faz sorrir. Lembra daquela vez quando, de microfone imaginário em punho, pulava feito um louco alucinado na minha fome de euforia vociferando refrões em loopings sem fim? Quanta cumplicidade nós temos não é mesmo?

Mas não, o dia não é para isso, cante Renato Russo para mim. Afinal, deve ser ele lá em cima, cabisbaixo, a escurecer o dia. Renato que não tinha vocação para astro, mas que agora é mais um deles no firmamento.

Vai Tim, seu mau-humorado, canta de novo que só quer ser feliz, que não quer dinheiro, que nada mais nessa vida importa. E não te preocupas, o retorno está bom.

E se tudo está difícil, só resta então o esculacho. Vamos rir de tudo, de nós mesmos, dos outros, da vida. Assassinemos a tristeza, porque sorrir é abrir caminho para a alegria. Aí Dinho, imita o Manuel da padaria.

Benditos são os discos digitais, só assim para a sua voz rouca e forte não fazer falta aqui embaixo Cássia.

Em suas obras tão particulares, eternos são esses nomes e distintos seus significados. E, nossa, tantos outros há que o espaço e escrita cansariam.

Mas e aí gente, conta pra mim, o que vocês estão gravando juntos aí em cima?

O texto chegou ao fim, e ao fim não entendi do que tudo isso se tratou. Tudo bem, deixa assim, largo o mundo das letras para entrar no dos sonhos, alguém aumenta o volume e apaga a luz.
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