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Ensaios-->A Persona do Pessoa, um Poeta Fernando de Portugal -- 29/09/2002 - 13:43 (Silas Correa Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TEXTO/ARTIGO

A pessoa do Pessoa, Um Fernando Poeta de Portugal

Fernando Pessoa, o maior Poeta da língua portuguesa, paradoxal em si mesmo, contraditório e insatisfeito pela própria natureza no chamado contexto literário do 'fazer poético', e numa uniformidade vivenciada para remotos tempos tenebrosos, com seus hilários (e históricos) heterônimos, foi, ele mesmo – pôr incrível e inédito que isso possa parecer - diverso, e, em sua variedade de 'entes' (ou euses), todos os tantos, num só pomo ou tomo criativo, e de eixo notório nesse sentido: Um Sentidor. A poesia pela poesia, que dura incólume para mais de décadas, cada vez mais lida, investigada, questionada, filosófica, anti-conceitual, egnimática pelo estilo, como se com contrastes literários, fundado num só mesmo homem, a pessoa do Pessoa.

Da terra de Camões, quebrou rimas, desmontou métricas, e até a matemática rococó de seu tempo, viajou para o muito além de si mesmo, do estar em si, e, um fingidor que era e que fingia que era, encorpou seus vários condinomes, tomou seu vinho diário, (morreu de cirrose - porque é melhor morrer de álcool do que de tédio – parafraseando Maiakowvski), mas deu testemunho de seu tempo, pôr muitos maneiras igual aos nossos tempos de globalização inumana e amoral, em que os seres estavam perdidos, em que as navegações mais deram sal do que conquistas, desde os mares de Portugal, muito mais que exóticas explorações de mapas sacrificiais.


Um mito. Um gênio. Mas ainda assim um eterno enquanto durou, falecendo muito jovem ainda, mas até então permanecendo moderno (pós, pan, multimídia, ultra-moderno?), e assim, dando testemunho da busca de si mesmo, em pegadas íntimas, trabalhando o vinho-verbo da língua própria, a língua pátria (mátria, Caetaneando), despojando as suas conjecturas, desdizeres, paradoxos, vários em um, renúncias, pertencimentos, questionários, e questão humana de subviver entre 'normais', 'comuns' entre contrastes, matizes e iluminuras.

Essa foi a pessoa do Pessoa,

Fiel a si mesmo, como nunca dantes, visionário. Um exótico entre babaquaras?. Morreu inédito e a sua primeira obra formatada (Mensagens), depois, mesmo de uma Lisboa Revisited, foi o testemunho de seu tempo, de um lugar, de um fingidor que nunca houve tão igual no contraditório, ao mesmo tempo que verdadeiro, pujante, humano e vivenciador de suas erranças e sofrências.

Amou e não foi amado?

Poetizou.

Um homem fora do contexto 'normal' de sua época?

Poetizou.

Contrariou regras, detonou normas, não aceitou o modus operandi de todos iguais a todos, mas foi além de sua época nesse quilate. E Poetizou como ninguém.

Com Walt Whitman, também deu testemunho de um feitio social, contestando-o, passando o seu depoimento para muito além de para sempre, como Neruda, Brecht, Lorca, Drumond e tantos outros.

Contestador de sua época, de melindres sociais, imposições oficiais, parecia mais que um sábio alienado decodificando momentos e avessos históricos. Feito antena de sua época, para citar Rimbaud. Houve escuro mas ele cantou em sua poesia prosaica, porque já antevia que o importante é que a emoção sobrevivesse.

Poesia é a respiração da alma?

Criou-se outro em si mesmo, dividiu-se para ser uno, e permanecer fiel ao seu talento, sua lucidez, seu cálice.

Era outro, tantos outros.

A máscara de seus heterônimos formais estavam coladas à sua face, espírito ou ilhas de renuncias íntimas? Quem foi ele exatamente? Quem foi a pessoa do Fernando Pessoa? Era tanto sem nunca ter se perdido de si. E por isso mesmo, único. Lição da vida e coragem, num contexto histórico. Com cantou Caetano: 'Uns são/Uns não/Uns vão/Uns hão/Uns drãos/Uns grãos...' (parafraseando, acrescendo outros), mas se existem OUTROS. E Pessoa foi esse um OUTRO, tanto, entre tins e tons e tais. Tantos em si mesmo. Tantos em um só Ser. Um iluminado que não foi enxergado pelos comuns de seu tempo. Alumbrado e isso só: um SER!

Canteiros de um só ser, enluado. Paradoxal. Fermento entre cravos.

Fragmentado e inteiro, universal e lusitano. Diversificado e pleno do ser em si, uno.

Tudo em 'ele' mesmo.

A pessoa do Pessoa.
=0=

Poeta Prof. Silas Corrêa Leite, autor do e-book O RINOCERONTE DE CLARICE, no link Interativos do site www.hotbook.com.br/int01scl.htm – Ou poemas no site www.itarare.com.br. E-mail: poesilas@terra.com.br -

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