Rodolfo Galvão de Oliveira
Prof. Coord. Pedagógico
EE Prof. José de Mello Moraes
rodolfo.g.o@bol.com.br
Haverá muito mais interesse pelo conhecimento dito 'erudito' se a relação entre indivíduo e realidade estiver contida em um currículo escolar de maneira ampla, de modo que contemple a transição do saber tratado como 'senso comum' para o saber sistematizado.
Isto quer dizer que para haver de fato uma aprendizagem e que esta fique armazenada na memória e não ser jogada fora, é preciso que a escola com seus alunos fazendo constantemente a ligação do conteúdo que está ensinando com a realidade de seu aluno. Esta não precisa ser necessariamente concreta, a não ser no Ensino Fundamental, principalmente nas séries iniciais.
A realidade concreta é aquela realidade que está circundando o indivíduo, o seu meio social, a sua família, a escola e outros. Temos também a realidade que nao está à disposição do indivíduo, mas que ele toma consciência pelos meios de comunicação, porém que não deixa de influenciá-lo.
O desinteresse pelo saber 'erudito' por uma grande parte dos alunos é que eles não conseguem perceber qual é a utilidade daquilo que a escola está ensinando no cotidiano. Para que serve a um adolescente que trabalha como balconista de lanchonete conhecer o Teorema de Tales? Muitos professores argumentarão que serve para o futuro, mas ao jovem não existe passado e futuro, e é uma das características da juventude o hoje, o agora. O convencer o aluno da necessidade de aprender algo que ele não pode relacionar com a realidade é uma das tarefas mais difíceis que existe. E o professor só vai conhecer essas tarefas se se propuser a ler e a estudar as metodologias existentes e usar a mais conveniente ao momento específico.
Jamais poderemos perder de vista que estamos em movimento evolutivo que as verdades científicas e filosóficas se alteram em um ritmo alucinante, e como podemos usar uma metodologia apta a exercer bem o seu papel em uma época de poucas transformações em um tempo cuja natureza essencial é a velocidade de mudança.
Para concluir, não se pode entender as novas tecnologias educacionais com mais importantes que o saber e o conhecimento, mas sim como uma ferramenta eficaz no processo ensino-aprendizagem, para que o aluno consiga caminhar do 'senso comum' a um saber sistematizado.
