Interessante. Se a gente para, perde o embalo anterior, com facilidade. E só vai notar o fato quando resolve dar nova partida.
Sinto-me assim, neste momento. Depois de quatro anos, sem correr com os dedos pelo teclado.
Está sendo bem difícil este recomeço. Mas vou recomeçar. Não é bom ficar parado.
Afinal, tantas coisas aconteceram neste período! E quantas outras se estão desenrolando debaixo de nossos olhos, nesses momentos díspares da vida.
E eu sinto necessidade de falar. De comentar. De elogiar. De enaltecer. De criticar. De discordar. De reprovar. Enfim, de não ficar calado.
Estou me pedindo desculpas porque me omiti por tanto tempo. Não é bom calar. Porque calando, não se ouve. Não se ouvindo, arrisca-se a não pensar. Sem pensar, deixa-se de olhar. De ver. De sentir. E de reagir. Vira-se autômato.
Não é bom ser automático. Porque nos tornamos o dirigido. Somos meramente passivos. “Pau mandado”. Sem atitude. Nem reação.
É triste. A vida torna-se monótona. Insípida. Incolor e inodora.
A água também tem estas três últimas características. Mas alimenta as células. Lava o corpo. Hidrata os tecidos. Enfim, perdoa os pecados. Nela mergulha-se manchado. Mas dela emerge-se limpo e saudável.
Espero estar emergindo do meu silêncio renovado. Mais animado e palrador. Para não me omitir. Para construir mais ainda. Para ajudar. Para cumprir a missão que me foi dada de edificar. Nos corações e nas almas. Porque fazer isto é prazeroso. É útil. Faz bem a mim mesmo e ao meu próximo.