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Artigos-->O TEATRO NO BRASIL -- 03/09/2011 - 11:16 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O TEATRO NO BRASIL_ftn1" name="_ftnref1" title="">[1]



 L. C. Vinholes



Com apenas 800 letras é impossível escrever tudo o que acontece em teatro no Brasil. Mas este foi o limite estabelecido por Esopo (Kaoru Fujimoto) do grupo Gekidan Kyogei, que apresenta hoje a peça A Raposa e as Uvas, de Guilherme Figueiredo.



Apesar da televisão e do cinema atraíram a atenção de grande parte da população das grandes cidades, o teatro no Brasil continua a ser uma das artes que apresenta aspectos de grande interesse.



Nas grandes cidades, como Rio de Janeiro, S. Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, onde existem mais de 50 teatros, dezenas de grupos teatrais, reunindo excelentes elencos, estão permanentemente estudando, pesquisando, ensaiando e apresentando algo para o público. Estes grupos dedicam-se a três tipos de atividades distintas: 1 - às vezes a apresentação de peças que marcaram época em décadas anteriores e que são sempre aplaudidas pelo público (tais como A raposa e as uvas, de Guilherme Figueiredo, Deus lhe Pague, de Juracy Camargo, As mãos de Eurídice e Esta noite choveu prata, de Pedro Bloch etc.); 2 – outras vezes a apresentação de peças de autores estrangeiros do repertório tradicional ou recentemente estreadas em palcos de outros países; e 3 – finalmente, a representação de peças novas de autores brasileiros que interessam não só aos autores e atores, mas também ao público e à crítica.



As autoridades federais e estaduais continuam a incentivar a criação e a atividade teatral oferecendo auxílios e concedendo prêmios.



Em 1957, o dramaturgo Ganfrancesco Guarneri, por sua peça Um grito parado no ar, foi considerado o melhor ator nacional e recebeu da Secretaria de Cultura do Estado da Guanabara, o prêmio de cerca de 600.000 ienes. Anualmente também o governo do Estado de São Paulo concede o Prêmio Anchieta, no valor de cerca de 300.00 ienes à melhor peça teatral apresentada no ano. O Serviço Nacional de Teatro, órgão do Ministério da Educação e Cultura, promove anualmente o Concurso de Dramaturgia. Neste concurso, em 1975, concorreram 371 pelas novas das quais foram selecionadas dez para leitura pública, no Rio de Janeiro e em S. Paulo, por atores de renome. Para 1977, através da Fundação Nacional das Artes, o Ministério da Educação determinou que cerca de 9.600.000 de ienes sejam distribuídos ao Teatro. Esta distribuição é feita pelo Serviço Nacional de Teatro beneficiando teatros, grupos teatrais, autores e atores.



Grande importância é no Brasil de hoje o teatro infantil feito por adultos e por menores. Em 1976 tiveram destaque especial àas peças Praça de Retalhos, de Carlos Meceni, e Uma noite encantada, de Marcos Coelho, apresentadas em S. Paulo. Neste gênero não pode ser esquecido o nome de Maria Clara Machado. O teatro feito por menores desempenha também papel importante na recuperação social de menores.



Nos últimos anos escrevem-se e apresentam-se um grande número de novas peças. Entre estas lembraria Um homem Santo, de autoria de Otto Prado, premiada em 1968 pelo SCT e Gota d´Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque de Hollanda. Em 1976, esta peça já foi vista por mais de 200.000 pessoas e teve seus direitos vendidos para a Polônia, Argentina e Estados Unidos da América do Norte. Esta sendo montada na França. A flor da pele, de Consuelo de Castro; Quando as máquinas param, de Plínio Marcos, A cidade impossível, de Pedro Santana, A freira, de Leilah Assumpção, são outras obras em torno das quais é grande o interesse do público e da crítica especializada.



Importante incentivo ao teatro brasileiros são os festivais nacionais e internacionais que se realizam anualmente no Brasil e dos quais tem participado famosos grupos de países latino-americanos, dos Estados Unidos da América do Norte e da Europa.



São oportunidades excepcionais para intercâmbio de idéias e experiências. Ainda em fins de janeiro deste ano, acaba de ser realizado no Brasil o VI Festival de Teatro de Bonecos e o III Congresso da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos, No Brasil o teatro de bonecos tem grande aceitação popular e possui uma longa tradição.



As obras teatrais de atores brasileiros continuam a ser traduzidas em quase todos os idiomas do mundo e são representadas em todos os continentes por grupos profissionais de diferentes países.



O teatro moderno brasileiro já tem uma longa história. Sua importância nas artes e na literatura brasileira é indiscutível. Pouco a pouco as obras de autores brasileiros são conhecidas pelas grandes platéias mundiais. A longa história do teatro moderno brasileiro pode ser vista quando se observa que o diretor Ziembinski, nascido na Polônia em 1908, em 1976 completou 35 anos de diretor teatral em palcos brasileiros. Procópio Ferreira, que em julho de 1976 completou 78 anos de idade, tem uma carreira de 60 anos, pois em 1916 já participava da versão brasileira de Amigo, mulher e marido, de Flers et Caillavet, apresentada no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Cacilda Becker, Dercy Gonçalves, Rute Escobar, Sérgio Brito, Oduvaldo Viena, Abigail Maia, Bibi Ferreira, Maria Della Costa e tantos outros são nomes consagrados nos palcos brasileiros e europeus. Procópio Ferreira foi o apresentador de A raposa e as uvas, em 1958, nos palcos de Lisboa e Madri.



Poderia finalizar mencionando que uma legislação para a profissão do artista de teatro, cinema, rádio e televisão elaborada em 1976, procura dar todas as garantis ao trabalho destes profissionais.



 



Não sei se ultrapassei as 800 letras. Não cheguei a contar.



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 




 






_ftnref1" name="_ftn1" title="">[1]Nota do autor: original em português do texto em japonês para o programa das apresentações de A Raposa e as Uvas, de Guilherme Figueiredo, pelo grupo Gekidan Kyogei, de Kyoto, Japão, em 8, 9 e 10 de fevereiro de 1977, no teatro Kyoto Furitsu Bunka Geiditsu Kaikan (Teatro de Arte e Cultura Provincial de Kyoto), na tradução de Jun Makihara, pseudômino do teatrólogo Jun Shimadi, tendo como diretor Koichi Kondo e Kaoru Fujimoto no papel de Esopo.



 




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