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Poesias-->Galho -- 18/01/2003 - 23:44 (Fatima Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nâo penses que és o único a desprezar

...eu também

Não penses que és o único a entristecer

...eu também

Não penses que és o único a torturar

...eu também

Não penses que és o único a reconhecer uma índole insignificante

...eu também



Não és o único nesses aspectos

Sinto lhe dizer: não és!



És apenas aquele

Que em meio a tantas flores, as mais belas cultivadas

Se aproximou de um galho seco...

Talvez por uma simples falta de opção

Mas que falta!

Alimentou certos anseios, certas ilusões

Naquele mísero e frágil galho

Que com sua presença, de esperanças borbulhou...



Por um momento sentiu-se úmido e vivo

... mas que euforia!

parecia que sua sina tinha mudado

Não ficaria mais ali jogado...

Não iria para uma lareira



Pobre galho... Enaganou-se!

Diante dessa descoberta... Tortutou-se!

Sua sina era a mesma

Você apenas a adiantou, transformando sua fragilidade em chamas...

Sua esperanças, ilusões, anseios...

Em eternas cinzas

Que hoje se espalham por ramos e flores

Em busca de algo menos pior.
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