Sabe guria, estou ouvindo um cedê básico de punk rock, pensando como seria um encontro sob este barulhão doido que sai da caixa.
Esqueci de te dizer que não gosto apenas de música gauchesca.
Talvez mais tarde jogue Ravel na velha vitrola para ouvir o bolero, um dos meus preferidos.
O bolero segue a linha da vida, com alternâncias de notas. Talvez como os amores.
Me lembrei de Floripa e dos caras surfando na pororoca da Amazônia.
Falei caras. Influência da música. Achei teu texto. Quero comprar terras na praia, mas com aquela história toda deixei de lado.
Sou mais interessado em literatura normal, a jurídica sinceramente...
Mas os textos do Rosseau sobre a concepção de Estado são muito bons. Idealista da revolução.
Tu és um pouco também. Mas cá prá nós, sou um pouco mais revolucionário.
Aprendi que a ação em si resulta em reações,continuações de nossas lutas interiores.
Comecei pensando em fazer uma poesia, mas o punk não deixa. Tenho que produzir no ritmo da música.
Estou me sentindo um skatista radical. Acabei de fazer uma manobra de duplo giro no espaço com salto mortal. O concreto se aproxima e saio deslizando, direto para uma onda que fugiu do Hawai. Coisa de broder. Maior auí guria.
Sabe, tô vendo tudo ali. Tem um tsunami esperando por mim. E eu na prancha de skate.
E no meio da onda uma mesa cheia de polenta, queijo e vinho.
Acho que foi você que deixou lá.
Daqui a pouco vou estourar champanhe na casa de irmãos. Irmão broder, radical.
Feliz ano novo guria! Tô na onda hardcore.