Encontrei Silmara de novo, para deleite de parte de meus olhos.
Como não poderia ser diferente, não disfarcei a admiração pela mulher que muitas vezes ocupou meus pensamentos.
Casada, acho, pois nunca pergunto pelo estado civil de ninguém, bela na faixa dos quarenta.
O tempo age pouco sobre ela, mas age menos ainda sobre o meu olhar apaixonado.
Conheci-a antes de todas as outras que amei ou gostei depois.
Para ela uns suspiros de adolescente, para outras palavras, presentes, casamento, jantares, compartilhamentos.
Para ela o sentimento estrando de apenas olhar, curtir uma sensação que não interessa traduzir.
Falamos, sorrimos, li seu olhar, abraço, beijo fraternal e breve despedida.
Que tem essa mulher de diferente?
Quantas vezes declarei interesse por outras mulheres?
Por ela apenas um suspiro. Estranho.
Deixamos a prosa por nossos afazeres.
Fiquei com vontade de deixar flores prá ela.
Quem sabe da outra vez? |