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Ensaios-->Chávez finanaciou a Al-Qaeda -- 13/01/2003 - 15:20 (Don Pixote de la Pança) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
'Chávez financiou Al-Qaeda

MÍDIA SEM MÁSCARA, ANO 1, NÚMERO 6, 08 DE DEZEMBRO DE 2002

Detalhes da doação de US$1 milhão

Johan Freitas (de Caracas) e Luis Garcia (de Miami)
02.01.03

Militares desertores de alta patente revelam novos laços terroristas entre a Al-Qaeda e o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez. O homem que controla as maiores reservas de petróleo do hemisfério Ocidental premiou o terrorista mais procurado do mundo com um milhão de dólares logo após os ataques de 11 de setembro.

Hugo Chávez não admitiria isso publicamente, mas, em privado, ele ficou muito impressionado com o trabalho de Osama Bin Laden. O chefe de Estado venezuelano discursa publicamente contra os EUA e o “capitalismo neoliberal”, o qual, segundo ele, representa “o inferno na terra”. Ele nunca visitou a Casa Branca, mas já esteve na China, na Líbia, no Iraque, em Havana...

A língua dupla de Hugo Chávez lhe serviu particularmente bem nos dias que se seguiram ao 11 de setembro. Quando, na mesma semana dos ataques, falou à imprensa internacional, assegurou a todos que repudiava o terrorismo. Mas, localmente, em sua primeira aparição na TV, declarou que “Os Estados Unidos foram a causa de seu próprio ataque, por causa de sua arrogante política imperialista”.

Em privado, ele foi ainda mais longe, proclamando admiração pelos ataques terroristas. “Com o 11 de setembro, Bin Laden mostrou ao mundo todo que era uma força a ser reconhecida. Hugo ficou imensuravelmente impressionado com isso”, relembra o General Pedro Pereira, militar de posto mais elevado na força aérea venezuelana, que foi fiel a Chávez até 2001.

No dia seguinte ao ataque, 12 de setembro, simpatizantes de Chávez queimaram publicamente as estrelas e listras da bandeira americana na praça principal de Caracas, numa explosão de contentamento e regozijo com os ataques.

A organizadora do protesto da Praça Bolivar, Lina Ron (codinome “Rosa”, nascida em 23 de setembro de 1959), recebeu louvores públicos de Chávez. Desconhecida pela imprensa, Lina Ninette Ron Pereira esteve na folha de pagamento do governador de Caracas Hernan Gruber Odreman, desde que Chávez o nomeou chefe do Distrito Federal, em 1999. Ela ainda é empregada de Chávez, e trabalha hoje em Caracas para o prefeito do município, Freddy Bernal, do MRV (Movimiento Revolucionario Venezuelano, partido de Chávez).
1 milhão para a Al-Qaeda lutar contra os EUA

Mas Chávez não se contentou com os elogios feitos aos ataques e com a queima da bandeira americana. Ele queria mais. Queria ajudar a Al-Qaeda e o Talebã na guerra contra os Estados Unidos, que deve acontecer em um futuro próximo.

O trabalho coube a Juan Diaz Castillo, da força aérea norte-americana. Piloto privado de Hugo Chávez, o major Diaz Castillo desertou desde então e começou a falar. Como homem de confiança que dirigia o Airbus do presidente, foi testemunha ocular dos encontros secretos entre Chávez e um dos maiores ditadores do mundo. Também foi responsável pela organização da entrega de um milhão de dólares como ‘assistência’ de Chávez à Al-Qaeda.
“Chávez tinha confiança absoluta em mim. Assim, logo depois do 11 de setembro, quando decidiu ajudar a Al-Qaeda, voltou-se para o Jorge Oropeza e para mim. Jorge era o meu chefe na unidade presidencial de suporte aéreo, mas ele é apenas um assessor político, e então, na prática, eu acabei fazendo todo o trabalho”.

O trabalho, como ordenado por Chávez, era ajudar a Al-Qaeda mas fazer parecer que estava ajudando o Talebã, usando argumentos humanitários como desculpa.
“Inicialmente, o plano era não dar dinheiro. Ao invés disso, eles me pediram para organizar uma remessa de comida e roupas e entregar para o governo afegão.” Naquela época, o governo do Afeganistão era o Talebã. Mas todo mundo sabia que o Talebã e a Al-Qaeda eram apenas dois lados da mesma moeda.

Ficou claro que as áreas do Afeganistão controladas pelo Talebã eram solo fértil para os terroristas e grupos extremistas, pois eram a mais abundante fonte de produção de ópio e fluxo ilegal de narcóticos pelo mundo, constituindo-se em verdadeira ameaça à paz e à instabilidade de toda a região.

“Chávez viu no Afeganistão um espelho do que ele estava tentando implementar na Venezuela, e queria uma abertura maior para lidar com a Al-Qaeda”, diz o major. “Ele já tentara contactá-los uma vez antes, na Líbia, mas quando ele visitou Tripoli pessoalmente, o Coronel Muammar Qaddafi disse-lhe que não havia canais diretos de comunicação entre ele e a Al-Qaeda.

Esperava-se que a assistência aos acampamentos da Al-Qaeda ajudaria a abrir o canal de comunicação. Era uma maneira de dizer a Bin Laden que ele tinha um amigo em Hugo Chávez.

O major Diaz Castillo começou a planejar a logística para mandar três aviões de carga Hercules C-130 da Venezuela para o Afeganistão. O esforço requeriria um enorme investimento em tempo e pessoal, com paradas no caminho para abastecer. Ele chegou à conclusão de que transportar a carga para o Talebã e a Al-Qaeda custaria mais do que a própria carga.

Diosdado Cabello, Chefe do Estado Maior do governo de Chávez na época, Ministro do Exterior e Ministro da Defesa, também estava envolvido no plano. Eles tiveram uma série de encontros, entre eles um com o diretor da Defesa Civil. Depois de ouvir Diaz Castillo falar sobre as dificuldades com o C-130, Diosdado Cabello decidiu mandar US$1 milhão de dólares em dinheiro para o embaixador venezuelano na região, Dr. Walter Marquez. Ele seria então encarregado de levá-lo ao Afeganistão.

O doutor – um sujeito sinistro de cadeira de rodas – trabalhava em uma sala localizada no Parque Panchshila, N-114, Nova Delhi, na Índia. Recebeu o dinheiro na última semana de setembro de 2001.

Quando interrogado na época sobre seu envolvimento, Marquez confirmou que era um dos responsáveis. “A Venezuela não tem representação diplomática no Paquistão ou no Afeganistão, mas essa área está sob a minha jurisdição.”

Em 3 de outubro de 2001, um representante do governo venezuelano contactou Kris Janowski, da UNHCR (United Nations High Comissioner for Refugees) no Paquistão. O propósito: criar uma camuflagem de ajuda humanitária ao Talebã, para que houvesse uma quantidade plausível de negações no caso de alguém perguntar sobre o dinheiro da Al-Qaeda. De acordo com o plano, Walter Marquez compraria e transportaria comida da Nova Delhi (Índia) ou Teerã (Irã), onde a Venezuela tem embaixadas.

Falsas identidades para terroristas

Depois que Walter Marquez completou sua missão, o milhão de dólares rendeu frutos. Uma canal de comunicação com Caracas se abriu.

“A entrega foi comandada por Carlos Otaiza [irmão do capitão do exército Elieza Otaiza Castillo, ex-líder do serviço secreto DISIP de Chávez]. Então, depois disso, não precisei mais lidar com ele”, diz o major Diaz Castillo. Mas, da sua posição privilegiada no palácio presidencial, ele viu muito do que estava acontecendo: “Nos últimos meses de 2001, e durante todo o ano de 2002, mais e mais árabes começaram a chegar. Chávez, Otaiza e Ramon Rodriguez Chacin sempre os trataram muito bem”. Rodriguez Chacin foi membro do gabinete de Chávez e liderou os Ministérios do Interior e da Justiça, até o dia em que foi comprovado pela imprensa que ele usava identidade múltipla. Atualmente ele é chefe do partido no aparelho político de Chávez.

O “tratamento especial” dado aos árabes estendeu-se até aos fugitivos. Como documentou o General Marcos Ferreira, antigo chefe da Onidex (administradora de passaportes e identidades) e hoje membro do movimento de resistência pró-democrática, o Ministro Rodrigues Chacin ordenou que ele conseguisse números falsos para os membros de organizações terroristas estrangeiras listados pelo FBI.

Enquanto estes fatos vão aparecendo, a resistência militar corre perigo. O major Juan Diaz Castillo e seu colega da resistência democrática General Nestor Gonzales Gonzales, foram vítimas de uma armadilha planejada por agentes do DISIP (serviço secreto) em 21 de dezembro de 2002, na auto-estrada entre Valencia e Caracas, perto da cidade de Guacara.
Imediatamente após o atentado contra sua vida, Castillo tornou-se clandestino. Na véspera de Natal, alguns amigos do movimento de resistência o levaram para fora do país no casco de um barco de pesca saído da Venezuela para Curaçao, nas Antilhas Holandesas.
“Devo alerter a América sobre Chávez. Ele é um perigo, não só para seu próprio povo mas para a região como um todo”, diz Diaz Castillo.

Na Venezuela, onde, durante um mês, uma greve de generais interrompeu todas as exportações de petróleo e fontes de renda do Estado, Hugo Chávez está cada vez mais desesperado na tentativa de manter seu poder. Ele se recusa a aceitar eleições livres no país, e jurou publicamente que permanecerá no poder até “pelo menos 2021”. Para Chávez, não importa o que seu povo pensa:

“- Consulta popular para me tirar daqui? Isso não é possível, não percam tempo. Eu não sairei dessa forma, e digo isso ao país e ao mundo. É isso: eu não vou”, disse Hugo Chávez em novembro.
“- Ah, não, não, esqueçam esses contos de fadas.”
“- Mesmo que eles organizem essa consulta e consigam 90% dos votos, eu não vou sair daqui. Esqueçam isso. Daqui eu não saio.”
Isso tudo saiu da boca de um homem que visitou Saddam Hussein pessoalmente no Iraque, a quem abraçou e chamou de “meu irmão”, e depois deu um milhão de dólares para a Al-Qaeda logo após o 11 de setembro.

Mais informações: MilitaresDemocraticos.com
Tradução: Maria Inês de Carvalho


Chávez monta regime terrorista

MÍDIA SEM MÁSCARA, ANO 1, NÚMERO 6, 8 DE DEZEMBRO DE 2002

Insight Magazine, 24 de dezembro de 2002
Martin Arostegui, de Caracas
02.01.02

Às 9h29 do dia 8 de março, Hakim Mamad Ali Diab Fattah pousou no Aeroporto Internacional da Venezuela, Simón Bolívar, em uma aeronave Delta, vôo 397. Esse árabe nativo da Venezuela foi alvo de uma intensa vigilância, porque freqüentara cursos em duas escolas de aviação visitadas também por Hani Hanjour, que jogou a aeronave da American Airlines (vôo 77) sobre o Pentágono no dia 11 de setembro de 2001.

O FBI deteve Fattah nos EUA após descobrir que ele, além disso, falara sobre explodir um avião de passageiros e usara documentos com identidade forjada. Informações sobre ele foram requisitadas ao serviço interno de segurança, Direccion de Inteligencia Seguridad y Provencion (DISIP). Mas poucas informações se aproximavam do desejado, a não ser por registros psiquiátricos mostrandp que ele fora diagnosticado como esquizofrênico e que, por mais de um ano, não comparecera às sessões de terapia.

Membros importantes dos serviços de segurança da Venezuela estão começando a esclarecer o mistério. O Gen. Marcos Ferreira, que recentemente disse adeus ao cargo de diretor do controle de fronteiras guarda nacional, Departamento de Extranjeria (DX), diz que a DISIP pegou Fattah diretamente do avião e o escoltou para um carro que o esperava na pista de decolagem.

De acordo com oficiais de segurança, Fattah representa a ponta de um iceberg, o que só vem confirmar que o presidente Hugo Chávez está fundando um regime terrorista para destruir a constituição do país sul-americano, riquíssimo em petróleo. Discípulo devoto de Fidel Castro [ver “Fidel’s Successor in Latin America”], Chávez está ocultando redes internacionais de terrorismo dentro dos serviços de segurança, do sistema financeiro e das corporações estatais do país, como parte de seus planos de clonar a revolução cubana e transformar a Venezuela numa base terrorista.

O método do presidente envolve também milícias armadas financiadas pelo governo, ou Circulos Bolivarianos, moldados nos Comitês de Defesa Revolucionária de Cuba. Essas milícias vêm assumido o poder sobre estações policiais em torno da capital venezuelana, Caracas, e invadindo as instalações da companhia estatal de petróleo, PDVSA. Esta última, em verdade, é presidida por Ali Rodriguez Araque, um ex-líder de guerrilha comunista.

Seguindo o plano delineado por Castro para Salvador Allende do Chile, um presidente minoritário que importou milhares de paramilitares cubanos para derrubar a constituição do Chile e estabelecer ali um regime marxista-leninista, Chávez enfrenta uma rebelião internacional contra os seus planos. Com 80% ou mais dos rendimentos nacionais cortados por uma greve do petróleo, ele enfrenta árduas decisões. Chávez pode ser forçado a mandar sua marinha tomar 20 tanques de petróleo que se recusam a ir embora. Como ele não pode confiar 100% nas suas forças armadas, o que se supõe é que trará os consultores cubanos.

As equipes operacionais da Direccion General de Inteligencia (DGI) de Cuba já se posicionaram no porto de La Guaira, de acordo com fontes da marinha venezuelana, que informam, além disso, que agentes secretos cubanos estão usando a escola da marinha mercante local. Fontes dizem que eles podem estar estudando a frota que cuida dos tanques de petróleo, como parte de possíveis planos de preparação para o comando de alguns dos tanques para um oficial da inteligência venezuelana treinado pelos EUA. Uma unidade especial de assalto cubana que está ocupando o segundo e o terceito andares do Hotel Sheraton em La Guaira pode ser parte dos planos para acabar com a greve e impor uma ditadura terrorista.

Durante as últimas semanas, Chávez passou a controlar o alto comando militar com seus acólitos mais próximos. O Gen Luis Garcia Carneiro, que liderou a 3ª Infantaria com base em Caracas em operações de desarmamento da polícia metropolitana, agora é efetivamente o chefe do Exército.

Possivelmente, milhares de terroristas árabes e narcoguerrilhas colombianos estão sendo protegidas pelo DISIP, que, de acordo com membros da agência de segurança de Cuba, caiu sob o controle da DGI cubana. Diplomatas europeus em Caracas confirmam que as principais seções de antiterrorismo e análises de inteligência estão sendo operadas por cubanos. Muitas fontes afirmam que de 300 a 400 consultores militares coordenados pelo capitão da marinha Sergio Cardona, adido militar de Havana na Venezuela, dirigem a Guarda Presidencial de elite de Chávez e seu círculo íntimo de guardas pessoais, alguns dos quais não sabem nem cantar as palavras do hino nacional da Venezuela. Informou-se que 6.000 agentes secretos cubanos, disfarçados de “instrutores esportivos” e “professores”, estão treinando os Circulos Bolivarianos e facilitando operações navais.

“Desisti do meu emprego quando me cansei de fazer trabalho sujo para Chávez com os cubanos me vigiando”, conta Ferreira à Insight, denunciando que o Ministro do Interior Rodriguez Chacin e outros assistentes presidenciais o pressionavam repetidamente a lavar a identidade de terroristas e narcotraficantes transitando pela Venezuela. Ele também foi forçado a ludibriar autoridades norte-americanas nas atividades de uma rede financeira do Hezbollah, cujos arquivos foram requisitados pelo FBI logo após os ataques de 11 de setembro.

Chávez deu instruções para a destruição dos rastros dos 10 suspeitos de arrecadação de fundos em Hezbollah, de conduzir transações suspeitas nas ilhas de Margarita, Aruba e Curaçao, e cidades de Maracaibo e Valencia, segundo Ferreira. O presidente venezuelano dissolveu mecanismos anti-terroristas vitais ao demitir 16 oficiais de inteligência altamente experientes e treinados nos EUA na mesma época em que o avião terrorista atacava Nova York e Washington. A líder dos Circulos Bolivarianos Lina Ron celebrou o evento queimando uma bandeira dos EUA no centro de Caracas.

Resgatados de uma pilha de papéis a serem queimados de Chávez, relatórios da investigação mostraram à Insight especificamente que dois dos suspeitos procurados pelo FBI – Fathi Mohammed Awata [Identidade venezuelana no. V6282373] e Hussein Kassine Yassine [no. V6293922] -- desviaram US$ 400.000 da filial do Banco Confederado em Margarita antes de ir para o Líbano em dezembro de 2001. O relatório conclui que esses sujeitos estavam “se envolvendo em transações suspeitas que confirmavam os receios do governo norte-americano”.

As transferências não foram registradas pelo superintendente dos bancos nacionais, nomeado por Chávez. Fontes diplomáticas em Caracas confirmam que investigações oficiais sobre as autoridades bancárias venezuelanas fracassaram em revelar evidências de lavagem de dinheiro terrorista. “Só consultamos o governo”, admite um economista do governo americano.

Fontes da inteligência, familiares com a cobertura, dizem que Chávez mantém em segredo informações sobre os árabes, alguns dos quais foram importantes contribuintes à sua campanha presidencial. O relatório, retido pelos Estados Unidos, também menciona Nasser Mohammed al-Din, descrito como um poderoso empreendedor e amigo muito íntimo de Chávez, em cuja casa, situada em Margarita, o presidente venezuelano se hospeda em suas visitas freqüentes à ilha, que é o local de encontro favorito para suas reuniões privadas com Castro. De acordo com o piloto do presidente, Juan Diaz Castillo, Chávez e Castro se encontram duas ou três vezes por semana.

A ilha de Margarita parece ser o centro de uma extensa rede financeira do terrorismo, que se expande do Caribe ao Panamá e às Ilhas Cayman, onde três afegãos viajando com passaportes falsos paquistaneses foram pegos voltando de Cuba com US$200.000 em dinheiro em agosto de 2001. De acordo com autoridades coloniais britânicas, as tentativas de lavar o dinheiro através dos bancos das Ilhas Cayman também envolveu um grupo de empresários árabes.

Os laços de Chávez com o terrorismo internacional datam dos dias da rebelião sangrenta de 1992 contra o governo de Carlos Andres Perez, em que aproximadamente 100 pessoas foram mortas. Após ser recebido com honrarias por Castro em Havana, Chávez prosseguiu para Tripoli e Bagdad. “Ele voltou com muito dinheiro para formar seu Movimiento Revolucionario Venezoelano (MRV) e se candidatou a presidente”, afirma o Coronel Pedro Soto, que apoiava Chávez na época.

Chávez fez visitas presidenciais à Líbia, ao Iraque e ao Irã em fevereiro de 2001, assinando acordos de cooperação com Mummar Qaddafi, Saddam Hussein e os mullahs no poder do Teerã. Alguns meses depois, Castro visitou a Líbia, o Irã e a Síria. Freddy Bernal, político do MRV e amigo íntimo de Chávez, estreitamente vinculado aos Circulos Bolivarianos, esteve no Iraque em março passado. Ele foi pego por forças pacíficas da ONU que supervisionavam a fronteira quando tentava infiltrar armas na Arábia Saudita.

Nos tempos em que era apenas um líder de golpe frustrado, Chávez recebeu também a ajuda de organizações narcoguerrilheiras da Colômbia. Hoje, ele retribui essa ajuda fechando do espaço aéreo venezuelano para vôos antidrogas provenientes dos EUA. Um relatório de inteligência militar apresentado à Insight pelo antigo comandante da sala de operações do segundo exército na fronteira colombiana, Gen. Nestor Gonzales, mostra que as forças traficantes colombianas estão sendo protegidas por Chávez em campos dentro do território venezuelano. O líder da ELN (Exército de Libertação Nacional), Comandante Pablo, doente, está descansando sob a proteção do DISIP em uma vila no bairro de luxo El Marques.

O Chefe do Estado Maior da Venezuela, Gen. Jose Vietri, refere-se às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) como o “governo de facto da região fronteiriça da Venezuela”. O Gen. Raul Baduel conta ao diário El Universal que guardas oficiais vendem armas às guerrilhas.

O principal contato com as redes terroristas é identificado como o antigo ministro do interior Chacin, um capitão naval com treinamento de comandos, cujas relações íntimas com Chávez datam da época em que conspiravam juntos para a revolta de 1992. Ferreira diz que Chacin demitiu seu predecessor do DX por cumprir solicitações internacionais de deportar um terrorista da ELN.

Chacin demitiu-se do Ministério do Interior em abril passado, quando da insistência de policiais militares que tentaram um golpe contra Chávez. Mas ele permanece o chefe de segurança de facto, de acordo com fontes que descrevem a maneira com que ele vive sob a identidade dupla de Rafael Montenegro, operando contas bancárias secretas e conduzindo atividades consideravelmente importantes ao longo da fronteira colombiana.

“Uma das primeiras coisas que Chacin me mandou fazer logo que me tornei chefe da DX foi legalizar a entrada de cinco colombianos não documentados no solo em que eles um dia ajudaram a negociar o resgate de venezuelanos seqüestrados.”, lembra Ferreira. “Ele explicou que eles precisavam passar alguns dias na Venezuela antes de ir para Cuba”. E o general logo descobriu que essas instruções não eram excepcionais.

Durante o ano de 2001, Chacin pediu que Ferreira facilitasse a passagem de outros 25 a 30 colombianos a quem recebera pessoalmente na fronteira com San Antonio, de onde foram escoltados pela DISIP ao Aeroporto Internacional Simón Bolivar em Caracas para embarcar em vôos para Cuba. Similarmente, Chacin arranjou a passagem de Canas Serrano, um terrorista da ELN procurado pela Interpol pela morte de 84 pessoas no bombardeio de um oleoduto.

A linguagem usada por Chacin perturbou um de seus policiais. “Após retornar de uma viagem a Cuba, ele começou a nos chamar de camaradas, referindo-se aos opositores do governo como ‘o inimigo’, e começou a falar em atacar suas famílias”. O colapso aconteceu quando um tenente coronel da Guarda Presidencial pediu que Ferreira tirasse um passaporte para uma integrante das FARC, Ana Belinda Macias Arismendi, que usava um número falso de identidade venezuelana [no. 12438823]. Disseram a Ferreira que ela precisava ir urgentemente a Havana. “Nem as digitais da identidade batiam com as dela”, confidencia o general.

Uma análise dos registros do DX apresentada à Insight indica que nos últimos dois anos 3.799 identidades venezuelanas fraudulentas foram distribuídas, 1.745 das quais foram emitidas pelo posto de fronteira de San Antonio. Fazendo um “x” nos números redundantes dos documentos, Ferreira constatou que 2.520 identidades falsas foram entregues a colombianos e que o segundo maior grupo, de 279, foi para árabes invariavelmente descritos como “sírios”.

Após mais algumas verificações nos registros da polícia colombiana, segundo pessoas ligadas aos órgãos de repressão, 24 identidades foram atribuídas a terroristas e narcotraficantes conhecidos. Alguns exemplos: Julio Quintero Gomez [No. 81895307], identificado como membro de uma coluna de guerrilha urbana da ELN; Ramon Quintero, [No. 81895573], identificado como membro do comitê nacional; e Alberto Diaz Sanchez [No. 818955586], identificado pelas autoridades como membro de um circuito narcoguerrilheiro.

Agora, com homens leais a Chávez e conselheiros cubanos no controle estável dos serviços secretos da Venezuela, qualquer esforço de rastrear identidades fraudulentas é inútil. Possivelmente, milhares de terroristas com documentos forjados podem agora ser parte do que os oficiais de segurança chamam de uma “força paralela” formada por Chávez para espalhar o terrorismo por todo o Hemisfério Ocidental e manter suas garras no poder.
Fontes da inteligência afirmam que guerrilheiros urbanos experientes têm sido incorporadas aos Circulos Bolivarianos, milhares dos quais treinados em “ativismo social” em Cuba e na Líbia. Unidades especialmente abaladas informaram que há Tupamaros e Carapaicas secretamente alocados em casas de segurança espalhadas por Caracas, onde metralhadoras posicionadas os protegem nas incursões em distritos em regiões afastadas da capital.

As milícias dos Circulos estão sendo acusadas de responsáveis por bombardeios recentes em redes de TV, ao sindicato CTV e à associação empresarial Fedecamaras, acusados por Chávez de organizar um ataque geral contra o governo. Ameaças têm sido mandadas por e-mail a oponentes do governo, como uma famosa jornalista que chegou a receber pela internet as descrições gráficas de como seria estuprada.

Os Circulos são financiados pela Terceira Infantaria, leal a Chávez, e se desdobraram por Caracas para desarmar a polícia metropolitana. A jogada pretende desbancar o major Alfredo Pena, um dos principais membros da oposição Coordinadora Democratica, e preparar o terreno para um confronto que pode terminar em guerra civil.

O Gen. Medina Gomez, que lidera um grupo de 100 oficiais dissidentes reunidos no Parisian Plaza Altamira para um protesto que durou um mês, confia que a maior parte dos militares não vai apoiar a imposição de uma ditadura. “Mas as forças armadas estão sofrendo uma profunda crise interna”, diz ele. O Gen. Nestor Gonzales acredita que o exército está seriamente dividido: “Dez porcento são pró-Chávez, 10 porcento são anti-Chávez, e 80% não se importam.

Chávez teve muito tempo para desestabilizar as forças armadas, as quais não têm mais condições de realizar um golpe vitorioso. A força aérea e as unidades mecanizadas estão com pouco combustível. Os motoristas de tanques foram designados para guiar ônibus, e muitos oficiais de carreira foram desviados para projetos administrativos, com orçamentos inflados, utilizados para corrompê-los. Relatou-se que as comunicações sensíveis e os equipamentos de inteligência eletrônica sendo desviados das instalações policiais e militares, e partes da Marinha têm sido entregue aos cubanos. Um navio anfíbio fabricado nos EUA, LST T63, foi rastreado por um satélite americano em viagens entre o porto de La Guaira e a base cubana de Cienfuegos.

O pavio foi aceso pelos inimigos dos Estados Unidos para impedir um fluxo pesado de petróleo venezuelano quando o confito se tornar explícito no Oriente Médio.

Tradução: Maria Inês de Carvalho

Original da notícia em http://www.insighmag.com/news/342429.html'


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