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Ensaios-->Lua de me... -- 19/01/2003 - 12:33 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A cortina foi levantada lentamente. No leito a jovem esperava pelo novo marido, coberta de perfume e cremes, um pequeno tecido encobrindo o sexo. Sorria.
Rômulo assobiava pela aquisição amorosa, satisfeito por ter convencido os pais da moça que a diferença de 45 anos não era nada, que tudo se adaptava quando se queria.
E a moça era muito bonita, carnes novas, bem diferente da sua recente experiência, que deixou para trás um relacionamento de 44 anos, num corpo de mulher macilenta, quase sem cabelos e poucos dentes. Não combinava com sua carreira de comerciante bem sucedido.
Lambia os bigodes um pouco sujos da graxa do leitão consumido na festa, liberava os gases da bebida consumida entre gargalhadas e piadas maliciosas dos amigos, todos com inveja do homem que teria o prazer de dormir com Januária.
Januária, Janinha, Janete, já logo seria sua mulher, lhe devolveria o prazer de deitar na cama com uma fêmea.
Limpou o rosto com o guardanapo, espremeu um cravo sobre a sobrancelha direita, lembrou da velha mulher que deixara num divórcio, a banguela Matilde, cuspiu no banco da criada e tomou o rumo da cama, cercada de flores e odores.
A um passo de abrir o véu do leito nupcial lhe sobreveio a dor de barriga. Forte e inconveniente. Correu para o banheiro, onde se deleitou sentado na cerâmica importada.
Feita a obra sanitária, tomou um banho rápido e correu para espiar Januária. Feliz e mais leve, percebeu que a menina estava semidespida, aguardando seu apetite voraz. Mal começou a levantar o tecido que a separava de seu sexo e sentiu outra pontada na barriga. Cólica forte, mas conseguiu voltar ao seu trono importado. Pensou que ia perder todas as tripas.
Mais um banho, perfume e escova de dente, para retirar o bafo do desarranjo, a idéia de tocar aquele corpo virginal e estava pronto para a noite de amores.
Em tese. Quatro passos para deixar o banheiro, outra pontada, mais forte, e o retorno ao recanto de glória dos simples mortais. Quase sem forças desta vez, tal a violência do expurgo intestinal.
Rômulo levantou e bebeu alguns copos de água, tomou outro banho, mastigou sal de frutas e encaminho-se para o leito nupcial, onde Januária rolava como felina, imitando uma gata. Finalmente abriu a cortina.
Januária esperou o ataque da fera. Em vão. Rômulo desmaiou de fraqueza, exatamente no meio do jato que escapou de seu corpo sem controle, caindo ao lado da noiva desesperada.
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