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Ensaios-->Consciências mortas -- 19/01/2003 - 13:20 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O filme, que tinha como astro principal o ator Henry Fonda, tratava de uma história envolvendo linchamento de um grupo de vaqueiros, supostamente culpados de roubar gado de um homem que foi encontrado caído numa estrada.
Henry tentou impedir, mas a turba enfurecida, longe da lei impotente, não quis saber de julgamento, decidindo a sorte dos homens, que eram um mestiço mexicano, um velho e um jovem.
Os acusados tentaram resistir, mas os homens da cidade, sem querer maiores explicações, foram tomando as providências. Entre os argumentos encontraram o fato do homem mestiço só falar espanhol, o velho ter memória curta e o jovem estar mal acompanhado.
O mexicano foi enforcado primeiro, depois o velho, e quando o jovem teria a mesma sorte, surgiu o xerife da cidade para contar que achou o antigo dono do gado caído na estrada para confirmar a história dos injustiçados.
Os justiceiros ficaram de passar no escritório do xerife para pedir desculpas pela precipitação, mas não haveria nenhum tipo de punição mais rigorosa.
Não sei por que lembrei dos massacres cometidos pela população quando encontra estes bandidinhos bobocas nas periferias, dos confrontos entre policiais e sem-terras, das brigas de estudantes contra policiais nas grandes cidades.
As consciências coletivas, manipuladas e impotentes, juntas para perpretar seus crimes contra os inimigos do sistema, seres excluídos da vontade comum, alienígenas em seu próprio mundo.
Minha consciência acompanha a das massas, pois o treinamento que recebi foi melhor. Fui treinado para manipular pessoas, para que o sistema em troca permitisse que eu recebesse um salário, um pouco de crédito coletivo, para que tivesse o direito de andar na rua com uma carteira de identidade numerada, diploma de cidadão.
Mas ainda não permiti que minha consciência fosse assassinada ou anulada pelos esforços do sistema, que tenta me jogar na vala comum onde todos perdemos os rostos, os direitos e as vontades, substituídas por paliativos sociais que beiram a mediocridade.
Não sou o bom ratinho que assimila o sistema dentro de uma gaiola esperando a injeção cancerígena que vai fazer brotar um tumor para depois receber um anticorpo, que talvez acabe de matar ou não.
Sou a cobaia que espreita o cientista desavisado, imaginando o momento em que ele vai se distrair e se tornar experimento. A cobaia que não deixa morrer a consciência.
A única diferença entre as cobaias e os cientistas é a consciência, a capacidade de reagir escondida nos recantos cerebrais, a capacidade que o experimentador julga não existir no experimento, erro fundamental de quem não acredita na teoria do caos.
O caos não permite a morte da consciência, que é reta, quadrada, incapaz de deslizar e por tudo isso, um grande paradigma. Entendeu amigo? O caos, princípio binário, Alfa e Omega! Skrawrunch!!!!!!!!!!!!!!!
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