Usina de Letras
Usina de Letras
154 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62216 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20030)

Infantil (5430)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3304)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Inferno Incandescente -- 20/01/2003 - 02:38 (Luísa Ribeiro Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






O meu sujeito poético, ontem tresloucado e céptico,

vem hoje célere e urgente,

qual porteiro de prédio elegante,

precipitar-se para me abrir,

a pesada porta incandescente

onde arde o eterno fogo ardente

das almas em danação.

Cantam-me canções de rara sabedoria,

os que planam em perpétua agonia:

"Apenas se capta o infinito, enquanto .

dos rios secos nascerem regatinhos,

e dos dias sem história escorrer nova fragrância.

Os amores opalinos? São a esperança

dos regaços maternos, que são saudade,

dos longos Invernos, noites de frio eterno.

E as palavras sábias? A frieza das paredes

onde escorre a humidade da noite,

ou a geada da manhã em tempo

de madrigais tristes, nos beirais das andorinhas.

Não, "ainda" é tão opaco como "sempre".

E sempre é a certeza do nunca." Calam-se

sem mais dizer, tendo dito o que disseram.

E o meu sujeito poético fechou-se, patético,

no Inferno incandescente. E as palavras

ardem-me agora em fogo lento,

queimadas uma a uma sem piedade...

Fica hoje por fechar o meu poema

sem esperança, nem saudade,

nem dor que não possa tornar-se amena.





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui