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Artigos-->Marana Pabeima -- 22/09/2011 - 21:55 (Arlindo de Melo Freire) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Marana Pabeima



Marana Pabeima

Arlindo Freire*

Faz mais de 20 anos que os indígenas Yanomami, de Roraima, estão em lutas pelas suas terras, sem o reconhecimento e apoio dos governos e da sociedade que se dizem solidários, democráticos e coerentes sobre os direitos de todos os brasileiros, inclusive os que vivem marginalizados e explorados.

Os protestos mais recentes, neste sentido, são feitos pelas lideranças Yanomami aos dirigentes dos órgão federais responsáveis pela questão, através de documentos encaminhados às autoridades, contendo os motivos e explicações em torno dos problemas criados por garimpeiros que invadem as terras onde vem sendo efetuada a exploração de minerais.

No decorrer dos últimos anos – mais de 2 mil índios das tribos de Roraima já foram assassinados porque manifestaram os seus protestos sobre a tomada das terras de garimpagem, assim como de outras questões relacionadas sob a displicência das autoridades Federal e Estadual, pelo que as providências adotadas não tiveram os efeitos esperados e necessários.

Por incrível que pareça – esta situação permanece sendo a cópia fiel dos acontecimentos verificados no período da colonização brasileira, desde 1500, quando os Homens Brancos de pretensa civilização, fizeram a extinção paulatina e sistemática dos indígenas, com a finalidade de conquistar as terras para o domínio estrangeiro, juntamente com todos os recursos naturais.

Existe alguma diferença sobre os fatos que caracterizaram aquele Brasil original, com os atuais, em torno das relações entre os civilizados e os chamados índios?

Na percepção dos Conformados e Inconsequentes ou acomodados – os dois brasis são constituídos de histórias que causam orgulho, admiração e respeito aos brasileiros das vinte gerações, em todos os sentidos, inclusive no social, político e sobretudo econômico feito no decorrer dos cinco séculos passados – banhados de sangue, fome, doenças e mortes de seres humanos, antes do tempo.

Se assim não fosse – todo o ódio de quem despreza, persegue, abandona e recusa a presença indígena – já estaria desfeito ou afastado dos hábitos e costumes existentes na maioria da população mista brasileira que, por outro lado, tem profundas raízes na cultura dos nativos, além do plano biológico, mais do que foi inserido pelos europeus e diversos povos de outros continentes.

Nos longos anos de história – o Brasil jamais examinou esta questão nas escolas, universidades, Congresso Nacional e demais entidades da sociedade, assim como nas ruas, avenidas, bares e esquinas – onde as pessoas se reúnem, falam e discutem em torno dos seus problemas pessoais e coletivos – procurando saber de soluções.

Com abandono e esquecimento, os antecessores de nossas gerações – também estão abandonados, esquecidos e sem referências, apesar dos seus constantes esforços em sair desse abismo para onde foram enviados, em nome da civilização, paz, democracia, além do ostracismo, e da guerra em que ficaram semi-restritos – na marginalidade violenta e sanguinária.

No genocídio dos indígenas americanos – sua história faz lembrar, embora sejam passados mais de cinco séculos, que naquele período houve a predominância antecipada do nazi-fascismo de Hitler e Mussolini com o fim de dominar os demais países, a qualquer custo, a exemplo do Império Romano e outros regimes que plantaram as sementes da miséria para a humanidade, mediante a Marana Pabeima =

Guerra Infinita que vem sendo a constante, na língua Tupi.

O incrível e desolador na miragem desse cenário, é que nem mesmo a Justiça Internacional vem tendo a disposição de examinar e analisar os acontecimentos dessa natureza, com seus próprios recursos de conhecimentos, ou seja – fazer o julgamento dessas ocorrências que descaracterizam o valor do ser humano no plano de sua dignidade, justiça e solidariedade inserido na vida universal.*Jornalista,Sociólogo-UFRN.

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