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Artigos-->OBSERVANDO O ORGANISMO CIDADE... -- 23/07/2000 - 21:58 (Isis Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Subitamente a cerebral coréa

Pára. O cosmos sintético da Idéia

Surge. Emoções extraordinárias sinto...



Arranco do meu crânio as nebulosas.

E acho um feixe de forças prodigiosas

Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!



(Augusto dos Anjos, em Dança da Psiquê)



Desde os abrigos da pré história até os dias atuais, a forma e concepção das respectivas funções a que se destinam as construções, estão intrínsecas a um contexto de "livre arbítrio instintivo" no qual a humanidade toma as decisões e monta seu grupo social; com suas aspirações, ideais, sonhos...

A formação das cidades começa quando o ser humano deixa de colher alimentos e caçar, para iniciar o cultivo de subsistência e daí formar um núcleo de vivência que continuamente irá se expandir montando uma aglomeração de construções que progressivamente assumem suas funções específicas, consequentemente delineando uma forma de sociedade de acordo com seus costumes, etc.

A partir de diversas observações de nossas confusas cidades e seus variados problemas, divergem opiniões sobre o "verdadeiro" papel da arquitetura na história; concebendo daí a fragmentação entre os aspectos formais e funcionais; sociais e estéticos; políticos e ambientais, etc. e considera-se também a subjetividade que impede uma definição estagnada de "arquitetura”; o que seria impossível e incoerente. À exemplo algumas tentativas de definições de arquitetura que simplesmente envolvem-se em subjetividade:



"Arquitetura é a forma artística inorgânica da música plástica” - Schelling (1775-1854)



"Arquitetura é a arte de organizar o espaço e é pela construção que ela se expressa. Móvel ou imóvel, tudo aquilo que ocupa o espaço, pertence ao domínio da arquitetura." - Auguste Perret (1874-1954)



Tentando uma grande flexibilidade em termos de conceitos e visões da arquitetura mundial - hoje pode-se dizer global - busca-se identificar as concepções projetuais em situações diversas; mostrando a influência social e econômica na construção do espaço. Considerando a extrema variedade em termos espaciais de conformação das cidades, podemos distinguir as muitas "arquiteturas" em sua concepção estética, sua técnica construtiva, e principalmente a adequação da forma construída em seu uso; a percepção que o concreto permite.

Em termos ideológicos; é nítida a mudança em cada período da história, evoluindo até determinado ponto e muitas vezes, desconsiderando a teoria da "evolução" em sentido mais abrangente, para optarmos para uma realidade de "mutação", onde não são considerados os impactos ambientais, ou as intensas dinâmicas do ambiente no qual se inserem os espaços construídos.

Mas é importante mencionar nossa índole predominantemente individualista, buscando mesmo em coletivos, "o" coletivo específico a determinado grupo, ou especifica-se de antemão, uma liderança, um grupo responsável por uma ou outra tarefa, na qual irão divergir, invariavelmente as preferências. A barreira invisível dos panos de vidro e dos escritórios em amplos salões, com divisórias à meia altura, constituem um exemplo perfeito do isolamento em seu silêncio que se encontra o cidadão; onde a vigilância constante entre observador e observado impõe um proceder específico e previsível nas função "trabalho" (lembrando das funções básicas da cidade, mencionadas na Carta de Atenas: Habitação, Circulação, Trabalho e Lazer).

Considerando as tendências dominantes em nosso país - que aliás, são diversas - percebe-se as formas de implantação e portanto a hierarquização do espaço em cada tipo de colonização. Passando então à uma escala local, os problemas que cidades como São Paulo e outras grandes capitais enfrentam hoje, constituem-se basicamente por uma raiz em comum: a falta de um planejamento à longo prazo de suas estruturas urbanas. Isto é, executam-se projetos onde metodologicamente as formas de projetar consideram o crescimento linear (o que é impossível). A "montanha russa" onde passeiam os destinos de nossas cidades, está se ampliando entre curvas de diferenças sociais e ladeiras de crises econômicas, onde impera a velocidade da política, nem sempre bem intencionada.



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