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Poesias-->O Meu Amigo -- 20/01/2003 - 17:13 (André Mariano de Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ele vem pelo afável desmoranamento das minhas partículas

Crescendo com a urgência e com a palavra.

Pára para a passagem das suas desalegrias

E chega eletricamente estável para o sempre único apego:

O meu amigo, o que não veio e esteve com véspera

No orgânico amor de todas as minhas cicatrizes

Feito de nervos e versos e coagulos do pensamento

O que de tão próximo quase não existe

Mas que por existir é membro da minha fragilidade.

Veio bravo, aquele que em si é próprio do infinito,

Que desabita a noite com estrêlas d água

E com seu soluço afogado traz-me o som das

Três-Marias,

Mulheres de granito feitas das nossas dores siderais

Pelo silêncio onde não hei de possuí-las nem combatê-las

Quero apenas tocar meu corpo através de seus corpos insaciáveis.

O seu lugar é um novo costume sem memória

Para vivermos o heterogêneo no avesso das horas.;

O meu amigo, aquele cuja realidade não tem face

Posto que é o reflexo dos nossos humildes olhos,

Que não tem mistério, posto que é a base do ser,

E que com mãos solúveis mistura o bicho e o humano

O que escuta meu coração sangrando meus olhos

E pela sua essência afim traz o óbito das minhas olheiras lúcidas

Para eu amar a vida em suas rugas inertes.

Ele que concebeu meu nome antes de tê-lo ouvido,

Que do pardo teceu-me um riso puro,

O que o sonho tornou intimamente necessário:

O meu amigo ar, o meu amigo tempo, o meu amigo espaço,

O meu grande amigo que nunca cheguei conhecer.







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