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Artigos-->VIRTUALIDADE REAL E REALIDADE VIRTUAL¬ Paradoxos da Internet -- 24/07/2000 - 11:27 (Isis Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dentre tantas perguntas e respostas de nosso mundo contemporâneo – erroneamente chamado de moderno – percebemos que as percepções singulares, estão naquela cujas relatividade aflora à ponto de oscilar em extremos que montam ambigüidades.



Estamos nós a sós dentre as multidões deste mundo virtual...



Neste mundo chamado como “real” compartilha-se de imagens táteis e atraentes à percepção, nas quais incentiva-se ou bloqueia-se os mais diversos tipos de contatos que advém de conceitos pré estabelecidos de Belo e feio, Exótico e comum, Sóbrio e excêntrico; enfim, é construída a priori uma imagem que será guia na aceitação ou recusa de outro ser humano.

No ainda desconhecido mundo virtual - nossa WEB – usufrui-se do privilégio de compartilhar imagens de personalidades. Por que” imagens”? porque no mundo virtual, a caracterização se faz pela interpretação da descrição de alguém que intuitivamente a faz também de modo interpretativo. Sendo assim, partilha-se inconscientemente de personalidades “montadas” na Internet.

Nesse encontro de personalidades nas chamadas salas de bate-papo ,ou chat, monta-se um cenário paralelo que interage significativamente nas ações rotineiras do mundo real, acalmando ansiedades, remontando analogamente à lembranças ou formulando novas expectativas que podem ser favoráveis ou desfavoráveis na formação intelectual e no comportamento de cada um. Em relacionamentos amorosos, em amizades, em relações puramente comerciais, a forma de expressão escrita adquire uma subjetividade muito mais densa à medida que se estabelece uma freqüência determinada de contato.

Nesses termos, encontros e desencontros virtuais que por muitas vezes passam a ser reais, estão vinculados à formação cultural de cada personalidade, conceitualmente estão intrínsecos os valores individualistas que os levaram à um tipo de comunicação onde impera a solidão, o valor único de “O Usuário, O internauta, etc”. A dificuldade muitas vezes é vencida pelas semelhanças identificadas e vínculos considerados a posteriori como por exemplo a imagem tátil.

Existe um número considerável de experiências que vagam entre extremos do real e do virtual, sabendo-se que muitos relacionamentos iniciam na Internet, muitos também tem nesse meio de comunicação seu término, a partir do momento que se identifica num outro personagem afinidades consideráveis. Ficar “a sós na multidão” é um sinal polêmico e definitivo(não necessariamente num sentido ruim) de que houve o despertar de um interesse seja ele qual for.



Pesquisas e navegações entre tantas descobertas...



Dentre as opções de busca, a infinidade de sites sobre diversos assuntos, possibilita que muitas áreas se inter relacionem de maneira proveitosa, independente de sua intenção intelectual ou simplesmente curiosidade. Esses mecanismos utilizados freqüentemente otimizam a navegação e instigam o conhecimento de uma maior gama de assuntos. Nesse sentido, coloca-se a seguinte questão: o profissional caminha para o pluralismo ou para a especialização?

Cursos virtuais facilitam o acesso ao conhecimento, e possibilitam um número maior de profissionais; embora ainda não efetivamente comprovado o aproveitamento desses cursos para termos práticos. Mesmo assim, considera-se imprescindível o incentivo à qualquer forma de educação que esteja voltada para a melhoria desse setor atualmente tão descuidado chamado “educação”. Atitudes isoladas tem feito diferença e pode-se comprová-las daqui alguns anos, quando se perceber os avanços tecnológicos e ambientais(por que não?) resultantes das pesquisas realizadas nos dias de hoje.

Questões de “Como” proceder num mundo virtual ainda são muito complexas, visto não haver uma forma objetiva de definição, numa “transmissão”. A desvinculação da pessoa enquanto físico, da pessoa virtual é ainda muito evidente e difícil de interpretar. Como realizar uma consulta médica pela NET? Como fazer análise em seu psicólogo virtual? Como usufruir de seus direitos legais, num meio onde ainda se estuda o proceder da legislação? Muitas questões devem ainda ser feitas, mas caminhamos sem dúvida, para uma melhora, que é comprovada a cada nova página aberta na Internet, cujas mensagens são compartilhar, estão impregnadas pela febre do “coletivismo” tão presente nesta época contemporânea. Como alega Richard Sennet, o narcisismo tem levado a sociedade à essa febre, isolando-se individualmente numa defensiva voraz pelo bem do coletivo, a sociedade se faz silenciosa como barreira para seus medos.



E estamos nós. Aqui, silenciosos em nossa leitura; colocamo-nos enfim, à par de mais informação, mais discussão e continuamos buscando um mundo real tão bom quanto este virtual para que o virtual possa ser nosso real.





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