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Ensaios-->De André a Zaratrustra -- 14/03/2003 - 20:07 (Pedro Souza Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
André brincava com dados estranhos, fazendo geralmente humildes ilhas juntas. Logo mais, na ostentosa parede, que rompia seu teto, um vistoso xará zangado avançava bravamente, correndo do elegante fanfarrão. Ganhou, hipoteticamente, indo jogar lama molhada nos ossos pesados. Queria rebelar-se, sem tanto usar vestes xadrezes.
Zorreiro, André bordou calmamente dez estrelas fazendo gelatina. Havia infinitas jóias, lantejoulas, mas nada ousava perecer. Quando restavam sete tijolos, usou vários xilofones, zoando até bastar. Colocou duas estagiárias fazendo gostosos hambúrgueres, inclusive jantou. Lavou meias na ornamental piscina, que radiava solenemente.
Tomando um velho xale, zombeteiro, André bancou capataz doente, e fingiu gingar homenageando Iemanjá. Jovial, lamentava monotonamente não ouvir pedras que rolavam. Saudoso tomava um vinho xingando Zeus. “Amanhã bancarei comerciante”, disse ele, falando galantemente. “Hoje irei jantar limão maduro”.
Nadou ontem por querer robustos seus tornozelos. Uivou vorazmente, xambregado. Zunindo, alcançou beirando cem decibéis. Espirrou fazendo gotículas hídricas invadirem joaninhas leves momentaneamente nervosas oscilarem pelas quebradas, rolando soltas todas unidas.
Viu xorocas zarolhas apoquentarem, batendo, com duas estacas, féculas gostosas, humectadas integralmente. Jocosas, levitavam mansamente numa ociosidade paradoxal. Quasímodas, riam soturnas, tomando uvas verdes xaropadas.
Zoró, André bastante cansado deslumbrava espécimes furtivas, geologicamente histriônicas. Instintivamente, jogava larvas maduras no oceano próximo, quebrando raízes silvestres, teimosamente urdidas verticalmente, xistáceas. Zaranzando, atrapalhou-se, batendo cinco dedos espalhafatosamente, fazendo gestos hilários inconseqüentes, juntando lágrimas mágicas nos olhos, provocando queimaduras rorejantes, salpicando todos urubus vermelhos, xenófobos ziguezagueantes.
Abalado, balbuciou coisas despropositais, expelindo frases grosseiras, humilhando idiotas judocas. Lancetou maquinistas nababescos, ocasionando padecimento quérulo. Regozijou-se submetendo-lhes tremendas úlceras varicosas. Xingou, zurrando ambiguamente, bebedores calvos despejando-lhes estrume fétido. Garçons hediondos irritaram-se, jogando-se lépidos, muito nervosos, onde poderiam quebrar radicalmente suas taperas urbanas vulneráveis.
Xeretas zumbis aproximaram-se belicosamente, cabelos desgrenhados e falando gírias, hálito impuro, juntas levemente massacradas, narizes obtusos, pernas quebradas, riso sardônico, trêfegos, ululantes, vingando xibius zoneiros.
André bebeu, cantou, dançou. Embotado, formou gases homéricos intestinais. Jubilado, lambeu magníficos narcóticos obscuros, poderosos, que reacenderam seus talentos usurpados, vulgares, xerocopiando Zaratrustra.
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