FELICIDADE OU LIBERDADE?
Por Dr. José Ricardo Camargo Xavier
Certa vez um grande homem que pisou nesse solo terrestre citou: “Conhece a ti e me encontrarás”. E ELE se conhecia e nos conhecia.
Mas nós, denominados humanos, nos conhecemos realmente?
Conhecemos nossos desejos, nossas vontades, nossas reais necessidades, nossos instintos animalescos?
Haverá inúmeras respostas egoístas de SIM !
Buscamos um tudo em demasia e acabamos por termos é nada!
Nem tempo para viver.
Mas o que é viver?
Para muitos uma família reunida e cooperativa, mesmo com seus meandros de esquisitices e manias.
Para outros, bens materiais para desfrutar: um carro para esnobar, uma roupa nova ou de marca conhecida, quiçá de sezeno, para mostrar superioridade ou bom gosto, pois em geral, quem vê a roupa em regra não vê o conteúdo, e, erram todos, mas sempre com o egoísmo presente.
Mas se Salomão andava com os melhores trajes, por que não podemos fazer o mesmo?
Viver é ser simples!
Simples é adjetivo e não substantivo - que designa uma coisa ou idéia que subsiste!
O que buscamos em nós? Como buscamos?
Se buscarmos a essência de nossas virtudes certamente será que a encontraremos?
Se buscarmos mascarar e parecer ser uma coisa que nunca fomos, mentimos para nós e fingimos através de uma ilusão à outros, mas por pouco tempo.
E ficaremos desacreditados de nós mesmos e dos outros.
Mas não devemos abandonar nossos sonhos vividos.
Mas devemos entender nosso passado para poder entender esse presente, e, o futuro.
Buscamos a Felicidade ou a Liberdade?
Em tese:
LIBERDADE: substantivo feminino – condição de uma pessoa poder dispor de si; faculdade de fazer ou deixar de fazer uma coisa; livre arbítrio; condição de praticar tudo que não é proibido por lei; deliberação; ousadia; franqueza; direitos.
FELICIDADE: substantivo feminino – ventura; contentamento; bem-estar; boa sorte.
Cabe a nós escolher o que desejamos.
Ter os dois não é improvável, mas d difícil convivência mútua.
Não por nós mesmos, mas por estarmos nessa condição sublime, o esgoísmo é gerado nos outros!
A somatória de ambos seria o ideal para qualquer pessoa ou gênero vivente.
O que temos feito para alcançar essas virtudes?
Caprichosamente muito pouco.
Em regra coloca-se o egoísmo pessoal em primeiro lugar, em desdém do que necessita ou precisa o outro.
Vivemos em comunidade, e a célula osmótica dessa comunidade é a união marital ou conjugal; é o desejo da maioria, mesmo àqueles que buscam vivê-la com liberdade de descompromissos, então porque colocar sempre os nossos desejos e vontades a frente do desejo em vontade do que denomino o NÓS?
Penso que existe entre um casal um belo triângulo amoroso.
Existe o “eu” existe o “você", e existe o “nós”.
Se o EU está em desalinho, destoado com as prévias estabelecidas, o NÓS deve ser preservado pelo VOCÊ.
Se for VOCÊ que está destoando, sou o EU que deve proteger e preservar o NÓS.
Dessa forma o conjugado prevalece e se fortifica e haverá mais intimidade entre ambos.
Em ponto de vista simples deve haver:
COMPROMETIMENTO
CONSIDERAÇÃO
CONFIDÊNCIA
CORREÇÃO ADEQUADA
COMPANHERISMO
CONSISTÊNCIA
POIS, A RESPOSTA SINCERA É SINAL DE AMIZADE VERDADEIRA, e entre casais, após algum tempo de convivência, esse será o fundamento da coexistência e do acordado da convivência.
Não para aqueles que se unem apenas para não ficarem sozinhos por algum tempo, ou por outros motivos que não sejam de sentimentos e de objetivos comuns.
Mas porque após algum tempo casais se separam?
A meu ver por egoísmo.
A meu ver por ignorância essencial.
A meu ver por falta de compromisso consigo e com a vida.
Não querem mais viver a simplicidade.
A cumplicidade se esvaece com pensamentos fúteis, e, resultante do fruto do não se conhecer e querer desconhecer o outro, porque não interessa mais.
Recomendo a todo casal que queira conviver como casal a refletir o quanto querem e desejam a simplicidade.
Muito foi demonstrado que é a simplicidade é tudo em qualquer vida.
È saber olhar ingenuamente o outro, por motivo algum, apenas um olhar apaixonado sem compromisso;
È um toque sem ser esperado, mas sintonizado que estão mesmo sem saberem;
È aquela vontade de querer estar junto mesmo que o outro esteja ao lado;
È aquela direção que ambos olham para chegarem a um lugar de perdão e compreensão;
È cumprir a palavra dada e atender seus princípios de verdade;
É desejar ser feliz por uma vida e não por algum tempo;
É saber querer e desejar isso com a mesma necessidade de ar que temos para respirar.
Certa feita alguém disse: preciso do seu ar para eu viver!
Isso é saber viver a intensidade daquele momento, que dura uma eternidade.
Mas se apesar disso tudo a separação acontecer, certamente os interesses de olharem para a mesma direção ficou estrábica.
Quem deseja conviver apenas por conviver, está fadado a ser infeliz.
Não desejo isso a ninguém, mas é o passado que comanda o futuro, pelas ações e pensamentos do presente, sem precisar abandonar os sonhos sonhados e desejados.
Sabe-se que não decidir já é uma decisão!
E morrer ou fazer morrer antes do fim, não é necessário.
Pois só se acorda um vez de um sonho vivido, realizado e sonhado.
Não sejamos Vampiros de nós mesmos!
Dispensemos a raiva, a porfiria e a peste negra mental que vez por outra, e algumas vezes, por nossos desejos incontidos, permitimos que nos acompanhe em nossa estrada.
Saibamos ser simples como a vida sempre foi e será.
José Ricardo
15/10/2011
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