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Poesias-->Os Homens vão à Guerra -- 21/01/2003 - 22:34 (Luísa Ribeiro Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










Os homens vão à guerra,

E quando vão à guerra já

Vestiram os corações de chumbo.

Partem os navios e porta-aviões,

Com contingentes de homens,

O frio e o fogo por únicas emoções.



Na guerra os homens fazem guerra,

Ao pouco que lhes resta de ilusões.

Quando partem homens para a guerra,

O mundo escurece e encerra

Para balanço de operações.



Fecham-se as portas da cidade,

Escavam-se abrigos no chão,

Esconde-se comida na cave.

Os homens da guerra vão chegar.

Quando? Não se sabe.



Passa louco e surdo o pássaro preto

da morte, que paira insana e sedenta,

dos corpos a reclamar, quando a guerra

irromper ceifando cega as gentes.



Asa rente aos tectos inocentes,

Pairando por ali dia após dia,

Na angústia ímpia e horrenda

De um sinal do apocalipse

Que fará do dia noite,

em negro selvático eclipse.



E os homens que vão para a guerra,

Inertes em longa espera,

Planam nos oceanos em barcos

De bélicas formas obscenas

E tanto a espera os enegrece

Quanto a ave negra da morte,

Por ali também aparece.



Os homens que vão à guerra

Levam já um coração de guerra,

Negro, sombrio e ágil mas inocente

Por não serem mais do que a mão

Que desfere o golpe frio, o disparo

Contundente que outros homens

Da guerra, esses sim, acharam providente.



Os homens que vão à guerra,

Não são homens de guerra,

Mas fazem a guerra dos homens

Que no lugar do coração

Têm crateras de guerra,

Que uma granada perdida

Certamente lhes escavou.







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