As árvores do cerrado
São como as pessoas.
Distantes de si,
Distantes das outras.
Pairam exatas
Na vastidão do infinito
Dos que olham...
Para onde olham?
O cerrado é um além bem vindo.
Repousa, nas sombras torpes,
Uma solidão amarelada
Tão longínqua quanto triste,
Num nascente lindo entre marquises.
Solo duro,
Pau de cerrado
Tem raízes fundas
E busca a vida no freático
Eucalípticamente.
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