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Poesias-->CORAÇÃO DE MULHER -- 24/01/2003 - 01:01 (marco aurelio jacob) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por fora as paredes eram vermelhas como sangue, mas não feitas de tijolo e cimento. Elas eram fortes e me intimidavam.

Senti medo!!!

De longe, entre as paredes, havia uma porta, pequena e fechada. Eu não queria ir ate ela, mas meu coração movia-se para aquele lugar.

No caminho que levava até ela ora sentia frio, ora calor.

Quando frio sentia medo e tristeza, como a de um guerreiro que acabará de perder uma batalha.

Quando quente sentia-me feliz, desejado, amado. E meu coração continuava a me impulsionar na direção daquela porta. Às vezes eu corria na fobia de chegar mais rápido, e as vezes eu parava meio ao caminho e apenas admirava a beleza daquele lugar.

Quando eu parava ouvia uma voz ...

- É para você que eu fiz esse lugar!

- É para você!

Fui me aproximando, minhas pernas já estavam cansadas, mas meu coração não queria desistir.

Então continuei...

Ao chegar parei de frente a porta e se quer havia uma abertura, nem fechaduras, nem nada. As paredes vermelhas eram realmente fortes, e quando eu as tocava pulsavam como meu coração.

Eu queria estar lá dentro afinal aquele lugar era meu, feito pra mim.

Mas e se alguém já estivesse lá dentro?

Ah eu expulsaria com todas as minhas forças. E mesmo que fosse um gigante eu o expulsaria.

Olhei ao meu redor e percebi dois homens, sentados, encostados naquelas paredes.

Um estava ferido, cabisbaixo, pois jamais conseguiu entrar naquele lugar.

Um parecia já ter estado ali, mas não foi digno de permanecer naquele lugar, e juntava suas coisas para partir.

Eu não disse nada a eles, só observava seus atos, seus olhos, e seus sentimentos.

Encostei meu ouvido na porta, para certificar que o local estava vazio. E não havia mais ninguém ali. Mas o lugar parecia ter vida própria, pois ouvia suspiros alegres, oras tristes.

Os suspiros eram de uma mulher, a mais linda que já existiu.

Desesperadamente comecei a esmurrar a porta, na esperança de abri-la.

Talvez eu estivesse enganado, talvez eu também não pertencesse aquele lugar, ela não abria.

Pensei em voltar. Mas quando me virei o caminho de qual eu tinha vindo já não existia mais. Meu coração saltava, pois eu não tinha mais para onde ir.

Eu estava preso naquele lugar.

Sentei-me frente à porta como um garotinho perdido que acabará de perder a mãe, cabisbaixo coloquei meu rosto entre meus joelhos.

Talvez eu estivesse derrotado.

- Não!

- Não! A voz dizia.

- Ninguém se entrega a tristeza antes do fim!

De repente meu coração se inundou de alegria, e senti vontade de chorar.

Um choro bom, um choro de vitória.

E as lagrimas não paravam de descer pelo meu rosto.

Eu já sabia como vencer.

Ajoelhei-me diante a porta e disse:

- Meu amor! Sou eu! Abra, deixe-me te amar.





Dedico a todas as mulheres, que tenham, ou tiveram um grande amor.

Os guerreiros descritos no poema são:

O sentado, ferido, e cabisbaixo representa os homens que tentam conquistar o coração de uma mulher e simplesmente não conseguem.

O outro representa aqueles que simplesmente conquistam por conquistar, e não é digno de permanecer no coração de mulher alguma.

O narrador é o homem digno de amar verdadeiramente, e desfrutar de um verdadeiro amor.

E o lugar, como todos já perceberam, é o coração de uma mulher.

Como é o seu guerreiro?









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