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Poesias-->UMA OUTRA AUTÓPSIA -- 24/01/2003 - 01:27 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fui a óbito.


O que se coseu em mim eu não controlei.


Senti o tempo fincar-me na agulha


e minha vida pareceu o nada,


um pesponto entre um nascimento e a morte,


o remate de uma necropsia,


a perder a causa exata daquele falecimento


e achar corredores,


que me recolheram,


guardaram-me para eu constatar,


apenas o amor era o bem precioso.


O amor entrou pelas cavidades do meu rosto,


gavetas


e descobriu o casulo que fui,


invólucro suspenso na árvore da percepção.


O amor soltou-me os ossos.


E o bicho da seda


que me urdia o espírito,


nem era bicho.


O amor preparou-me


para um esgarçamento sem medidas,


um desfiamento de tudo aquilo que eu chamava


mundo.





* Homenagem ao meu pai José Everardo Fontenelle de Araujo





Do livro "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"





E-mail do autor: phcfontenelle@gmail.com
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