Usina de Letras
Usina de Letras
155 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50616)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140801)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->des conto -- 14/11/2002 - 10:23 (José Maurício de Oliveira Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

eu tenho um grito cultivado
mudo; não fala, não canta
nem pode ser chorado
o grito de amor velado

feito todo traição
espeta punhal afiado
coração que covarde espanta
e abandona a sua sorte
o grito que condenado
não merece pena de morte

sua, sofre e se contorce
na masmorra eterna da garganta




Eu percebi que estava escorrendo pelas lágrimas dela quando a dúvida inundou suas palavras já tremulas. Por causa daquela voz semicortada por soluços, perdi a firmeza da minha que sem formulas previamente deduzidas e incapaz de supor alternativas razoáveis que esclarecessem aquela situação constrangedora fui resumindo minhas atitudes e atirei meu corpo em frangalhos no sofá da sala. Eu suava, sentia um pouco de taquicardia, e tinha uma profunda angústia que aos poucos foi aprofundando meu silêncio; enquanto ela falava, chorava e ao mesmo tempo me olhava aguardando impaciente algum gesto ou frase que ocupasse aquele nosso vazio sufocante; no entanto, ela sabia improvável, não, improvável não, ela estava completamente convencida de que aquele ato ou palavra nunca iria acontecer. Simplesmente continuava esperando e preenchendo o tempo com os seus e as suas. Era uma madrugada fria e eu acabava de chegar em casa com a roupa úmida, cansado e exalando um perfume miserável que ao aguçado faro de mulher resumia um ato fatídico de indubitável covardia e traição. Eu a amava. Ela me amava. Puxa vida ! Pensei comigo: será possível compatibilizar um dia emoção e sensibilidade !
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui