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Poesias-->Reflexão -- 24/01/2003 - 14:23 (Juliana de Oliveira Caribé) |
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Olho pela janela
Para a eternidade da escuridão
Para a infinitude das estrelas
E para a solidão da lua
E sinto em meu coração
Pulsar uma força escondida
Que me diz para seguir em frente
Sinto em minha alma
Irradiar uma luz desconhecida
Que ilumina o caminho`a minha volta
Através dos meus olhos
Vejo mil cores misturadas
Como num caleidoscópio
De minha boca saem todas as palavras
Em todas as línguas
E, incrivelmente, elas são compreensíveis aos meus ouvidos.
Quando olho pela janela...
E entendo que sou muito pequena
E frágil, e simples, e até insignificante
Diante da imensidão do mundo
E entrendo que sou apenas uma
Mais uma, somente, a me esconder
Mais uma a procurar respostas
Que nunca irei achar
Porque não sei procurar dentro de mim mesma
Porque dói...
Mas sei olhar o céu
E perguntar-me o que há além dele
E porque estou aqui
No entanto, de que valem minhas perguntas
Se não há respostas?
O que é o infinito?
O que é o mundo?
O que é Deus?
O que é você?
Quem sou eu? Ou o que sou eu?
Olho pela janela e vejo um mundo
Que me chama à vida
Vejo a vida no mundo.
Nas cores da natureza e em suas formas
Nas cores das artes e em suas formas.
No mistério do que é claro
E na clareza do que é oculto
Vejo a vida em mim,
Que sou o próprio mundo
E então entendo tudo
Mesmo não entendendo nada
Porque nada pode ser compreendido
Daquilo que se encontra escondido
Sabe-se lá onde
Sabe-se lá porquê. |
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