Ninguém nunca será como ele,
neste planeta de absurdos.
Um espião de matas, um navegador cósmico,
Uma bebida que não embriaga,
mas consome e me come,
Antes que eu adormeça.
Há um quê que o separa do real.
Enquanto toco o rosto que ainda lembro,
Respiro a falta de argumentos que me põe em pé
E faz das manhãs, um pesadelo ilícito,
mas que motiva.
Ele nada em meu oceano nem um pouco pacífico.
Minha liberdade o escraviza,
mas eu o percebo de longe.
Ninguém terá este desligamento irreversível,
Que reverto pra mim.
É um espelho, às vezes quebrado,
colado com fita durex, estilo Bukovski.
Este é meu cenário predileto:
“As escavações no palco”.
As noites que eu não durmo
e visito todos os bares,
Num sentimento de culpa,
Outro de perdão.
Ninguém nunca mais me levará a loucura
mais doce do sofrimento,
esta condição é visceral e absoluta.
Todos os nossos momentos
estão crucificados em mim e eu aceito.
Meu Senhor,
tenho mais mistérios que a natureza,
O meu motivo de amor tem mais
ou menos um milhão de anos-luz
E eu te amo infielmente,
pra que sejas eterno enquanto eu viva.
ME PERDOA
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