Eu te espero, te grito,
Me calo...
Eu te vejo suspiro, açúcar,
melaço...
És o que gruda, que cola,
Que fica...
És quem me chama, me tem,
Me obriga...
Não te penso logo,
Numa urgência triste.
Não te quero fogos
De artifícios, viste?
Não me calo escravo,
Escondendo o que sinto.
Na verdade, és cinto.
É assim que te sinto.
Cinto sustenta, segura,
Prende, amarra.
Mais embaixo,
Não sonhara.
Te defino: minha,
À espera da minha,
Da linha, da vinha,
Dos desejos que eu tinha.
Te defino: verde.
Te imploro: crede,
Eu prometo ser-te,
Do amor, escravo.
No findar da luta...,
Da batalha que travo,
Irás me destruir
O olhar de insulta.
Acabar o leite...,
A lágrima, a culpa,
Falecer de amor
E morrer nos meus braços.
Alisson Castro.
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