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Poesias-->TERÇA-FEIRA -- 25/01/2003 - 09:43 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Toda noite ali me encontrava

Na minha visão esquálida de poeta amotinado

Cortejando a vida na catarse de Gismonti



Todas as noites

Tal como o mar que nunca dorme

Insone a perseguir um grande amor



No cálice da agonia onírica

Seus casais dançando no menir do navio

E seus namorados contornando o dólmen das fadas

E eu só



Todas as noites ali no meio da lua cheia

Não me importuna tão fêmea

Tão imprudente semear o insopitável amor perdido

A nos remover do labirinto febril

A meio caminho da loucura



Querer o que é pernicioso

E não se pode evitar nem repelir



Todas as noites nesta longa noite longa

Onde é maior a solidão

A me cobrir de inefável sonho



Ah! Quantos sonhos eu vi acabar

E valeram iludir?

Que sei agora?

De mésons,

De pobres rhesus?

Que sei da cidade perdida de Nko, no meio da selva africana, onde feiticeiros mortos reencarnam no corpo de gorilas amestrados?

Prá quê exceder às necessidades coletivas?

Que neurótico homo faber?

Será este nosso algoz?

Prá quê renunciar da vida ?

Ah!

Como eu vivo sonhando no interior das aberrações de Fellini

Itinerante amaldiçoado e só por amor

E é por este desejo que passo as noites em claro



Todas as noites nesta noite

No inventário de quem sorri

Na vigilância de quem ama

Na insônia de amar



© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.



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