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Artigos-->A insustentável leveza de Lupi -- 18/11/2011 - 10:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







A insustentável leveza de Lupi


"Guilherme Fiuza


 


15/11/2011




Um empresário e dono de ONG ajuda o ministro do Trabalho a levantar voo, e lá vem a imprensa burguesa chatear o governo popular.


Que mal pode haver numa simples carona?


A burguesia não suporta a solidariedade entre os trabalhistas e seus clientes.


Além do mais, como o próprio ministro Carlos Lupi já ressaltou, ele é pesadão. Claro que o Estado não aguentaria carregá-lo sozinho pelos céus do Maranhão.


Para isso existem as ONGs.


O empresário que providenciou um avião não-governamental para a turnê governamental de Lupi, em 2009, é suspeito de desviar verbas do Ministério do Trabalho, segundo a Controladoria Geral da União.


E daí? Há várias outras ONGs suspeitas de convênios fraudulentos com o Ministério do PDT, e nenhuma delas, ao que se saiba até agora, ofereceu carona aérea ao ministro pesadão.


Por que perseguir logo aquela que deu sua contrapartida social ao trabalhismo?


É bem verdade que o ministro da Agricultura que aceitou carona aérea de empresário acabou caindo. Mas com Lupi é diferente.


A diferença é que Lula e Dilma decidiram que a mídia golpista não vai derrubar o sétimo ministro do governo progressista. As evidências de fraudes estão todas aí de novo, mas moralização tem limite.


Dentre os argumentos que brotam do Planalto em defesa de Lupi, está o de que as irregularidades ocorreram na gestão do ministro no governo anterior.


Irretocável. Se o Nem da Rocinha se mudasse para o Vidigal, a polícia não poderia encostar o dedo nele. Afinal, os crimes teriam ficado na administração anterior.


Dilma foi clara sobre o assunto, comentando o caso Lupi com o sorriso e a irreverência condizentes com a leveza do tema:


“O passado passou, gente!”


O problema é que hoje, para quem lê as notícias frescas sobre a criação de sindicatos-fantasmas, ou vê o flagrante do ministro descendo do avião particular, fica a impressão contrária: o passado voltou.


E voltou pesadão. Talvez nem um milhão de ONGs companheiras bastem para ajudar Dilma a carregá-lo.

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